Em propaganda, PMDB vai ironizar “saudação à mandioca” de Dilma
Na inserção, que deve ser veiculada ainda nesta semana, partido de Temer ironiza famoso discuso da petista
atualizado
Compartilhar notícia
Em uma nova peça publicitária, que deve ser veiculada ainda nesta semana, o PMDB vai ironizar o discurso proferido pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) no qual ela saúda a mandioca como “uma das maiores conquistas do país”. O filme teria sido aprovado pelo presidente Michel Temer (PMDB) neste fim de semana. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Criada pelo marqueteiro Elsinho Mouco, a peça faz parte da série “O Brasil segue em frente”, desenvolvida para incrementar a popularidade do presidente após o arquivamento na Câmara dos Deputados das duas denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer.
Segundo o jornal, o peemedebista estaria relutante quanto ao conteúdo do filme. Popular nas redes sociais, o vídeo (assista abaixo) que registra o discurso de Dilma Rousseff foi por diversas vezes utilizado pela oposição para exemplificar um suposto despreparo político e falta de traquejo por parte da petista.
Outros filmes da série do PMDB atacam ainda as delações da JBS e uma suposta “trama” para tirar Temer do poder, narrativa reforçada pelo presidente e aliados em discursos recentes em referência às denúncias formuladas contra o presidente pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
“Machista e racista”
Em nota divulgada neste domingo (19/11), a ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que, caso a propaganda seja de fato veiculada, o governo de Michel Temer estará cometendo um ato de “machismo e misoginia”. “Esta propaganda tem o caráter do governo golpista. É mal-educada, grosseira e vulgar. É machista e racista”, diz a petista.
Segundo Dilma, a peça publicitária mostra “ignorância sobre fato histórico”. “Durante parte do período monárquico, a riqueza e o poder da elite brasileira eram calculados pela extensão das áreas cultivadas com mandioca pelos fazendeiros”, afirma, justificando a relevância do discurso realizado na abertura dos Jogos Indígenas, em 2015.