Em primeira semana no Alvorada, Lula retira “cercadinho” da imprensa
Presidente Lula e a primeira-dama Janja se mudaram para a residência oficial da Presidência da República nesta semana
atualizado
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Em menos de uma semana no Palácio da Alvorada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retirou as grades que ficavam na área externa da residência oficial. O “cercadinho”, como ficou conhecido, começou a ser usado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para concentrar apoiadores e a imprensa. No espaço, dividido entre os dois grupos e próximo a uma mangueira, Bolsonaro parava diariamente para cumprimentar populares e responder perguntas de jornalistas.
Na pandemia de Covid-19, após uma série de ofensas disparadas a repórteres, os jornais deixaram a cobertura in loco e o então mandatário passou a receber apenas os apoiadores em uma área dentro do gramado do Alvorada, longe das câmeras de imprensa, em outro cercadinho.
Outra estrutura montada pela antiga administração e retirada pela atual era um toldo que brecava a visualização do palácio de quem estivesse dentro da sala de imprensa. A sala fica localizada ao lado da portaria de acesso ao Alvorada e é onde jornalistas se reúnem para acompanhar a agenda presidencial. Sem o toldo, é possível visualizar com mais facilidade a movimentação de carros indo e voltando da residência oficial.
O Metrópoles pediu informações ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sobre a data e motivação para a retirada das grades. A resposta foi enviada em 15 de fevereiro.
Segundo o GSI, as grades que ficavam na área externa do Palácio da Alvorada foram retiradas no dia 2 de fevereiro de 2023, por solicitação da administração daquela residência oficial. “Em situações específicas e por se tratar de estruturas móveis, as grades podem ser instaladas, de modo temporário, conforme a necessidade”, disse a pasta comandada pelo general Gonçalves Dias.
Veja fotos:
Mudança para o Alvorada
Lula e a primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, se mudaram para o Alvorada na noite da última segunda-feira. Desde que tomou posse, em 1º de janeiro, o presidente, a esposa e as duas cachorras de estimação, Resistência e Paris, estavam morando em um hotel no centro de Brasília.
Ao longo do último mês, Lula vinha se queixando sobre a demora para ocupar a residência oficial da Presidência da República, que estava passando por reforma (leia mais abaixo). Em uma das ocasiões, durante cerimônia no Palácio do Planalto, ele disse que era um “sem-casa”.
“Eu, na verdade, sou um sem-casa, um sem-palácio. Vocês precisam ajudar a reivindicar o direito de eu morar. Porque já faz mais de 45 dias que eu estou no hotel, e não é brincadeira”, afirmou.