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Em pré-campanha, Bolsonaro volta a Juiz de Fora, onde levou facada

Esta é a 1ª visita do presidente à cidade em que sofreu um atentado em 2018. Ida ocorre em semana marcada por ato de violência política

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Reprodução/Redes sociais
Bolsonaro sofre facada em Juiz de Fora, 2018
1 de 1 Bolsonaro sofre facada em Juiz de Fora, 2018 - Foto: Reprodução/Redes sociais

Quase quatro anos depois de sofrer um atentado a faca em ato eleitoral em Juiz de Fora (MG), o presidente Jair Bolsonaro (PL) volta, nesta sexta-feira (15/7), à cidade mineira pela primeira vez. O retorno de Bolsonaro ao local em que costuma dizer que ganhou uma “segunda vida” teve vaivém, dado o momento de acirramento político.

Aliados defendiam que a visita não ocorresse nesta semana, após um episódio que reacendeu discussões sobre violência política no país. No último sábado (9/7), Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, foi morto a tiros em Foz do Iguaçu pelo policial penal federal Jorge Guaranho, apoiador declarado de Bolsonaro. A avaliação final no entorno do presidente foi de que o caso foi um fato isolado.

Em reação, Bolsonaro tem dito que também foi vítima de um ato motivado por disputas políticas. Ele cumpria compromisso de campanha no dia 6 de setembro de 2018 quando um homem, posteriormente identificado como Adélio Bispo, o esfaqueou na região do abdômen.

Apesar de a Polícia Federal (PF) apontar que não houve um mandante, o presidente insiste até hoje que as investigações não foram completas. A Justiça considerou o autor do crime inimputável em razão de doença mental.

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A primeira ocorreu em 6 de setembro, mesmo dia em que sofreu o atentado. Ele foi levado ao hospital às pressas para tratar lesões que a facada causou no intestino. Na ocasião, precisou colocar uma bolsa de colostomia
Dois dias após a primeira cirurgia, Bolsonaro foi transferido para outro hospital e, em 12 de setembro de 2018, submetido a um segundo procedimento para desobstruir as paredes do intestino delgado
Em 28 de janeiro de 2019, logo após tomar posso como presidente da República, Bolsonaro precisou realizar uma terceira cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e reconstruir o trânsito intestinal
No dia 8 de setembro de 2019, o presidente passou por outro procedimento para corrigir uma hérnia incisional no abdômen. O problema foi causado pelos diversos procedimentos decorrentes da facada
Em setembro de 2020, Bolsonaro realizou uma cistolitotripsia endoscópica para retirar um cálculo renal. Diferentemente dos outros procedimentos, esse foi menos invasivo
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Após ser esfaqueado na barriga por Adélio Bispo, durante encontro com apoiadores, em setembro de 2018, Bolsonaro já precisou passar por seis cirurgias - quatro relacionadas ao ataque - em menos de quatro anos

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A primeira ocorreu em 6 de setembro, mesmo dia em que sofreu o atentado. Ele foi levado ao hospital às pressas para tratar lesões que a facada causou no intestino. Na ocasião, precisou colocar uma bolsa de colostomia

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Dois dias após a primeira cirurgia, Bolsonaro foi transferido para outro hospital e, em 12 de setembro de 2018, submetido a um segundo procedimento para desobstruir as paredes do intestino delgado

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Em 28 de janeiro de 2019, logo após tomar posso como presidente da República, Bolsonaro precisou realizar uma terceira cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e reconstruir o trânsito intestinal

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No dia 8 de setembro de 2019, o presidente passou por outro procedimento para corrigir uma hérnia incisional no abdômen. O problema foi causado pelos diversos procedimentos decorrentes da facada

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Em setembro de 2020, Bolsonaro realizou uma cistolitotripsia endoscópica para retirar um cálculo renal. Diferentemente dos outros procedimentos, esse foi menos invasivo

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No dia 3 de julho de 2021, o presidente foi submetido a mais uma cirurgia. Dessa vez, o procedimento foi para realizar um implante dentário. Dias depois, o presidente reclamou de estar com soluços constantes e chegou a ser internado, mas não precisou de nenhuma intervenção cirúrgica

Fábio Vieira/Metrópoles

Negociações locais

Pré-candidato à reeleição, Bolsonaro regressa a Minas com a expectativa de fechar arranjos políticos locais. Ele queria inicialmente estar no palanque do atual governador Romeu Zema (Novo). Entretanto, sinais enviados pelo atual ocupante do Palácio Tiradentes levaram Bolsonaro a buscar palanque próprio, com o senador Carlos Viana (PL).

Bolsonaro deve desembarcar às 9h em Juiz de Fora. Do aeroporto, será realizada uma “motociata” até o Centro Educacional e Social Betel, onde ocorrerá a Convenção Estadual das Assembleias de Deus Ministério de Madureira, às 10h. Esse é mais um encontro religioso de Bolsonaro na semana, de caráter privativo.

Na sequência, às 11h30, o mandatário vai visitar a Santa Casa de Misericórdia, onde recebeu os primeiros atendimentos médicos após a facada. Esta agenda será aberta à imprensa.

Além do pré-candidato ao governo mineiro, Carlos Viana, Bolsonaro estará acompanhado pelo deputado Marcelo Álvaro Antonio (PL), que deve ser o postulante bolsonarista ao Senado.

O estado que acerta o presidente desde 1989

Segundo maior colégio eleitoral, Minas é considerado um dos “estados-chave” pela campanha de Bolsonaro. Há quatro anos, o atual presidente da República venceu com 58,19% dos votos dos mineiros, no segundo turno, e honrou tradição seguida desde 1989, segundo a qual o presidente eleito sempre vence a disputa no estado.

Segundo as últimas pesquisas, quem lidera a corrida eleitoral neste ano em Minas é Lula (PT). Levantamento da Quaest/Genial divulgado na última sexta-feira (8/7) mostra o petista com 46%, ante 28% de Bolsonaro.

Lula também tem vantagem por já ter um palanque consolidado no estado. O petista irá apoiar o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) ao governo do estado.

Segundo a pesquisa Quaest/Genial, Zema tem 44% das intenções de voto, enquanto o ex-prefeito Kalil tem 26%. O bolsonarista Carlos Viana, do PL, pontuou 2%. Os demais candidatos apresentaram 1%. Brancos, nulos e eleitores que não pretendem votar marcaram 9%. Indecisos representaram 15%.

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