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Em Porto Alegre, Bolsonaro provoca nova aglomeração de apoiadores

Chefe do Planalto, vice-presidente, Mourão, e governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, além de outras autoridades, não usavam máscara

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1 de 1 bolsonaro_porto_alegre_1 - Foto: Reprodução/Facebook

Em meio à pandemia do coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) provocou nesta quinta-feira (30/04) uma nova aglomeração de apoiadores. Desta vez, dezenas de simpatizantes se reuniram em Porto Alegre para cumprimentar o presidente, que acenou para as pessoas. Veja:

No vídeo publicado nas redes sociais do presidente, Bolsonaro não falou, apenas saudou as pessoas. Também é possível vê-lo tocando a mão de uma mulher que estava no meio da aglomeração.

Na manhã desta quinta, Bolsonaro participou da posse do novo general do Comando Militar do Sul. O atual comandante, Geraldo Antônio Miotto, transferiu o cargo a Valério Stumpf Trindade. O evento foi fechado e transmitido pela internet.

Durante a viagem, Bolsonaro não usou máscara. A proteção é recomendada por autoridades sanitárias para conter o avanço do novo coronavírus. O presidente ainda cumprimentou policiais militares e posou para uma foto com um simpatizante.

Boa parte das autoridades presentes na cerimônia de posse do Comando Militar do Sul estava sem máscara. Entre elas, além de Bolsonaro, estavam o vice-presidente, Hamilton Mourão, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, além do presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo, e dos generais Valério Stumpf Trindade e Geraldo Antônio Miotto, comandantes do CMS.

Esta foi a primeira viagem mais longa de Bolsonaro desde a volta dos Estados Unidos, em 11 de março. Ao retornar para o Brasil, parte da comitiva presidencial voltou infectada pelo novo coronavírus.

O próprio presidente foi submetido a dois testes para verificar se havia contraído o vírus. Segundo ele, ambos os exames deram negativo.

Além da viagem presidencial aos EUA, em 11 de abril, Bolsonaro visitou a obra de um Hospital de Campanha federal em Águas Lindas (GO).

Na ocasião, o chefe do Executivo federal fez fotos e abraçou apoiadores. Ele estava na companhia do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e do governador Ronaldo Caiado (DEM). O traslado do presidente foi curto e realizado em um helicóptero.

Levantamento realizado pelo Metrópoles, mostra que o presidente Bolsonaro aumentou o ritmo de saídas fora da agenda, que costumam aglomerar dezenas de simpatizantes. Nas ocasiões, nem Bolsonaro nem apoiadores costumam usar máscara protetora.

As aglomerações vão na contramão do que orienta a própria OMS e o Ministério da Saúde, hoje comandado por Nelson Teich, que recomendam o isolamento social.

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 78.162 casos confirmados e 5.466 mortes registradas.

No início da semana, durante coletiva, Teich afirmou que o cenário está se agravando e a curva está crescendo, principalmente nos estados do Amazonas, Ceará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, que são as unidades federativas mais atingidas pela doença.

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