Em novo vídeo, Ciro acusa explicitamente Bolsonaro: “Corrupto”
Ex-governador do Ceará afirmou que o hoje presidente embolsava dinheiro de seis funcionários fantasmas do gabinete quando era deputado
atualizado
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O ex-governador do Ceará, ex-ministro no governo de Luiz Inácio Lula da Silva e ex-candidato a presidente em 1998, 2002 e 2018 Ciro Gomes (PDT) passou a sexta-feira em uma ofensiva nas redes sociais contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) – com direito a cotoveladas nos policiais militares amotinados no estado e contra o PT. Pela manhã, às 9h16, postou no Twitter um primeiro vídeo, no qual chamava o chefe do Executivo federal de “canalha-mor” e anunciava, em tom de desafio: “Vou te enfrentar”.
“Atenção, senhor Jair Messias Bolsonaro, canalha mor: as instituições brasileiras serão defendidas. Nem todo mundo tem compromisso com o lulopetismo corrompido. Eu sou limpo, tenho vida limpa, tenho coerência e vou te enfrentar, presidente canalha, sua família de canalhas e aqueles que, traindo a nação brasileira e seu juramento, vão atacar ou tentar atacar a constituição brasileira”.
Pouco menos de seis horas depois, às 14h59, Ciro foi novamente ao Twitter, e desta vez fez uma acusação objetiva: chamou Bolsonaro de corrupto. Assista:
Marque aquela pessoa que ainda tem simpatia por Bolsonaro, peça para assistir ao vídeo e pesquisar sobre esses dados. Vamos expor as mentiras de Bolsonaro e quem ele realmente é. pic.twitter.com/WgCMSCEZLl
— Ciro Gomes (@cirogomes) February 28, 2020
A acusação, nesse segundo vídeo, foi feita após o pedetista registrar que o então deputado federal Jair Bolsonaro votou contra o Plano Real, em 1994, e a favor da emenda constitucional do teto de gastos, que congela despesas do país por 20 anos. Logo depois dessa avaliação de qualidade do trabalho como parlamentar na Câmara durante 28 anos, Ciro Gomes partiu para o ataque mais duro.
“Mas o Bolsonaro que faz o discurso da moralidade, Bolsonaro é um corrupto. Bolsonaro, Jair Messias Bolsonaro, esse que ocupa a Presidência do Brasil, desviava o pouco dinheiro que havia no seu gabinete. Bolsonaro tinha seis funcionários fantasmas que assinavam recibo e ele botava o dinheiro no bolso. Isso tudo eu estou dizendo sob o peso da minha responsabilidade”, denunciou.
O político cearense arrematou: “Portanto se o Congresso Nacional brasileiro tem graves defeitos – a corrupção de uma parte dele e o descompromisso com a questão dos pobres –, a última pessoa do Brasil que tem autoridade moral para denunciar isso chama-se Jair Messias Bolsonaro”.