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Em nova fase da Operação Acrônimo, PF mira JHSF e Vox Populi

O foco é uma obra de construção do aeroporto de Catarina, em São Roque, na Região Metropolitana de Sorocaba (SP), que foi financiada com recursos do BNDES

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operação caça-fantasma, polícia federal
1 de 1 operação caça-fantasma, polícia federal - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (16/8) a 6ª fase da Operação Acrônimo, que investiga esquema de tráfico de influência para liberação de empréstimos do BNDES. As ações foram autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os alvos são a construtora JHSF e o instituto de pesquisa Vox Populi. Os agentes da polícia cumprem mandados de busca e apreensão, além de condução coercitiva, nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Não há mandados de prisão para serem realizados nesta fase.

O foco é uma obra de construção do aeroporto de Catarina, em São Roque, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), que foi financiada com recursos do BNDES. Segundo as investigações, os recursos teriam sido liberados mediante pagamento de contribuição de campanha pela empreiteira JHFS para Fernando Pimentel (PT), governador de Minas Gerais. A operação financeira foi intermediada pelo empresário brasiliense Benedito Oliveira Neto, o Bené, apontado como operador do governador petista. Bené, da Gráfica Brasil, fez acordo de delação premiada.

Conforme as investigações, a ajuda financeira foi via pagamento ao instituto Vox Populi de pesquisa eleitoral. Também está entre os alvos Eduardo Serrano, atual secretário-geral da governadoria. Ele foi citado na delação do Bené como um dos intermediários de propina supostamente paga pela Odebrecht a Pimentel.

Em maio, a Procuradoria-Geral da República denunciou Pimentel ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em razão de fatos apurados na Operação Acrônimo. O empresário Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené, também foi denunciado. A denúncia se refere a fatos da época em que o governador era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Também está entre os alvos Eduardo Serrano, atual secretário-geral da governadoria. Ele foi citado na delação do Bené como um dos intermediários de propina supostamente paga pela Odebrecht a Pimentel. Conhecido como He-Man, ele está prestando depoimento na superintendência da PF em Minas Gerais.

Na época dos fatos, o governador de Minas era Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio do governo Dilma e presidente do conselho de administração do BNDES.

Defesa
A reportagem procurou a assessoria do governo de Minas que ainda não se manifestou. Em nota, o Vox Populi confirmou a ação no endereço da empresa. “A empresa disponibilizou a documentação solicitada e continua pronta a atender quaisquer outras solicitações das autoridades”, disse, por meio de nota.

A JHFS foi contatada, mas ainda não se pronunciou. O advogado de Pimentel, Eugênio Pacceli, informou que “não houve medida alguma contra o governador. Até onde sabemos a busca envolveria uma empresa de propaganda.” Para complementar: “Na opinião da defesa, trata-se de factoide criado para influenciar o julgamento do recurso de Pimentel no STJ, em que as especulações são no sentido de sua vitória. Ao que parece, o espetáculo tem exatamente esse objetivo: atingir negativamente os julgadores no Tribunal. Ou alguém acredita mesmo em buscas e apreensões feitas dois anos depois de publicizada a operação e suas ‘fases’?”. (Com informações do G1 e da Agência Estado)

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