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Em nota, general Mourão justifica declarações sobre índios e negros

Candidato a vice na chapa de Bolsonaro relacionou culturas indígena e negra com “indolência” e “malandragem”. Entidades repudiam declaração

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Beto Barata/Estadão
BB F1 SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA – AM 22/08/2006 – ESPECIAL DOMINICAL/ FRONTEIRAS BRASIL –  NACIONAL – Matéria especial sobre as fronteiras do País. Material produzido na fronteira do Brasil com a Venezuela e Colômbia.  NA FOTO.:  Entrevista com comandante
1 de 1 BB F1 SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA – AM 22/08/2006 – ESPECIAL DOMINICAL/ FRONTEIRAS BRASIL – NACIONAL – Matéria especial sobre as fronteiras do País. Material produzido na fronteira do Brasil com a Venezuela e Colômbia. NA FOTO.: Entrevista com comandante - Foto: Beto Barata/Estadão

O general da reserva Hamilton Mourão se manifestou nesta terça-feira (7/8) a respeito das declarações feitas por ele – nas quais afirmou que o Brasil herdou a “indolência” dos índios e a “malandragem” dos negros –, durante reunião da Câmara de Indústria e Comércio de Caxias do Sul (RS). “O contexto que coloco é da herança cultural, tendo como base estudiosos gabaritados da nossa nacionalidade. Esse contexto trouxe heranças positivas e negativas, sem distinção de cor e raça, para todos os brasileiros”, justificou Mourão, em nota.

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulgou posicionamento a respeito da fala do candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL). “Repudiamos veementemente as declarações injuriosas e injustas aos povos indígenas e à população negra do Brasil proferidas pelo candidato a vice-presidente da República. Tais declarações explicitam profunda ignorância e alimentam o racismo de parcela da sociedade brasileira contra essas populações historicamente injustiçadas e massacradas em nosso país”, diz a nota do Cimi.

A nota da entidade afirma, ainda, que “As afirmações corroboram a posição manifestada em diversas ocasiões pelo candidato Bolsonaro, já denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) por racismo e insta o MPF a tomar providências a fim de investigar a ocorrência de prática criminosa também no caso das declarações do General Mourão”.

Mais cedo, em notas enviadas ao Jornal Hoje, noticiário da Rede Globo, outras instituições se pronunciaram sobre o caso. A presidente da Comissão de Igualdade Racial do Conselho Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), Carmen Doria de Freiras, afirmou que a fala do general caracteriza apologia ao racismo e discriminações.

A ONG Educafro também se manifestou. “Estamos preocupados com a visão equivocada da participação do povo negro na construção do Brasil. A fala é ofensiva à comunidade negra”, pontuou o órgão.

A Organização dos Direitos Humanos Justiça Global também repudiou a fala de Mourão. “As declarações mostram um pensamento colonizador, racista e escravocrata. Comportamentos como esses devem ser denunciados”, disse a entidade.

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