Em negociação com PSB, Chico Rodrigues se reúne com ministro de Lula

Em tentativa de se aproximar do Partido dos Trabalhadores, o senador Chico Rodrigues (União Brasil-RR) tem mantido conversas com o Partido Socialista Brasileiro (PSB) para filiação até o início da 57ª legislatura, no dia 1º de fevereiro. A informação foi confirmada ao Metrópoles por um integrante do PSB, presidido por Carlos Siqueira.

Nesta segunda-feira (23/1), Rodrigues esteve no Palácio do Planalto para se encontrar com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O governo faz um esforço conjunto para formar a base no parlamento antes do início do próximo mês.

Veja o momento:

Atualmente no União Brasil, Rodrigues foi  vice-líder do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, inclusive, chegou a empregar em seu gabinete, o sobrinho do ex-mandatário, Léo Índio. Na ocasião, foi ventilada a possibilidade do senador se filiar à sigla de Bolsonaro, o Partido Liberal.

Apesar de abrigar dois ministros do União Brasil – Daniela do Waguinho, do Turismo, e Juscelino Filho, das Comunicações – paira sobre o partido de Lula a dúvida se a legenda será favorável a pautas do Parlamento. O União terá a terceira maior bancada da Câmara dos Deputados, com 59 parlamentares. No Senado, 10.

Histórico

Em agosto de 2021, Chico Rodrigues foi indiciado pela Polícia Federal por participação em suposto esquema de desvio de verba de combate à pandemia em Roraima. Na ocasião, ele foi flagrado com dinheiro na cueca durante a operação, em outubro de 2020.

Segundo a corporação, havia indícios de que o senador cometeu os crimes de peculato, advocacia administrativa, embaraço às investigações e lavagem de dinheiro.

O órgão policial federal afirmou que Rodrigues integrou o núcleo político do grupo que atuou para favorecer empresa que seria contratada para a entrega de kits de teste rápido para Covid-19 e o fornecimento de equipamentos de proteção individual.