Em Minas Gerais, Dilma Rousseff (PT) vota entre vaias e aplausos
A ex-presidente chegou à Escola Santa Marcelina, em Belo Horizonte, acompanhada pelo governador Fernando Pimentel (PT)
atualizado
Compartilhar notícia
Personagem importante na política brasileira, a ex-presidente Dilma Roussef (PT) votou, neste domingo (7/10), na Escola Santa Marcelina, em Belo Horizonte, Minas Gerais (MG). A presença da petista gerou divergência entre os eleitores que estavam no local: alguns vaiaram, outros aplaudiram. Dilma chegou acompanhada pelo governador do estado, Fernando Pimentel (PT). A informação é do jornal O Globo.
“Quem é que tem de importante aqui?”, perguntou uma eleitora ao ver jornalistas na porta de sua seção eleitoral na Pampulha, região nobre da capital mineira. Eram 8h e o burburinho de que a ex-presidente votaria ali aumentou e atraiu outros curiosos. O local de votação de Dilma era desconhecido dos moradores da região, porque ela passou anos votando em Porto Alegre, onde construiu sua trajetória política.
Dilma transferiu o domicílio eleitoral para BH este ano, para se candidatar ao Senado. De acordo com as últimas pesquisas do Datafolha e do Ibope, ela deve ser eleita neste domingo, pouco mais de dois anos depois de o impeachment a afastar da Presidência da República.
De acordo com a reportagem, a ex-presidente saiu da casa da mãe e da tia, onde está morando, e foi caminhando até o colégio onde votou, a poucos quarteirões de sua casa. Foi cercada de apoiadores políticos. Ao chegar na seção, foi recebida com aplausos e vaias. Aceitou responder a apenas duas perguntas antes de votar. Durante a campanha, evitou dar entrevistas à imprensa.
“Hoje é um momento muito especial para o país. Nós estamos reafirmando a democracia do Brasil. A democracia que foi tão golpeada, tanto no processo do impeachment quanto na sucessão do processo. Aprovamos agenda que não tiveram nenhum voto. Eu acredito que 2018 é a eleição da democracia e, por isso, talvez seja a mais importante dos últimos anos”, disse, ao ser questionada sobre sua possível chegada ao Senado Federal.
Sobre a possibilidade de ser eleita e ver Jair Bolsonaro (PSL) como presidente da República, Dilma disse que atacou o capitão da reserva:
“Não acho que a vitória de quem quer que seja defina o Brasil. O país tem de se reencontrar com a democracia. Qualquer candidatura que comprometa a democracia do Brasil é perigosíssima. Hoje está na pauta se criaremos caminho democrático ou do autoritarismo e do fascismo. Candidato que defender violência, ódio e desencontro do país consigo mesmo comprometerá a democracia”, afirmou.