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Em Minas, Bolsonaro diz que Brasil “já saiu” da crise dos combustíveis

Redução de R$ 0,20 no preço do diesel cobrado nas refinarias passou a valer nesta sexta. Na quinta, presidente disse esperar novas reduções

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Presidente Jair Bolsonaro discursa durante convenção que lançou candidatura de seu ex-líder na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo , ao Governo de Goiás 9
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro discursa durante convenção que lançou candidatura de seu ex-líder na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo , ao Governo de Goiás 9 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar nesta sexta-feira (5/8) que o mundo todo vem sofrendo com o preço dos combustíveis. Segundo o mandatário, no entanto, “o Brasil já saiu dessa crise”.

Durante agenda em Minas Gerais, o chefe do Executivo federal disse que o país está partindo para ter “a gasolina mais barata do mundo” e que seu governo é bem relacionado com outras nações.

“Estamos partindo para a gasolina mais barata do mundo. O mundo todo vem sofrendo com os combustíveis. O Brasil já saiu dessa crise. O Brasil é um país que é bem relacionado com o mundo todo”, declarou.

A fala do presidente ocorre no mesmo dia em que passou a valer novo preço do diesel. Nessa quinta-feira (4/8), a Petrobras informou que o combustível diminuiria R$ 0,20 nas refinarias. A redução representa queda de 3,57%. Os valores dos demais combustíveis não foram alterados.

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)

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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo

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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis

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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado

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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível

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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual

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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis

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Esta é primeira redução no preço do diesel desde que o novo presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, assumiu o comando da estatal, em junho deste ano.

A Petrobras afirmou que, considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da estatal no preço ao consumidor passará de R$ 5,05, em média, para R$ 4,87 a cada litro vendido na bomba. De acordo com a companhia, a redução “acompanha a evolução dos preços de referência”.

O texto pontua ainda que a decisão “é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

Na gestão de Paes de Andrade, foram duas reduções no preço da gasolina – uma em 20 de julho e outra em 29 do mesmo mês. O recuo, da última vez, foi de R$ 3,86 para R$ 3,71 – ou R$ 0,15.

Nessa quinta, durante transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro disse esperar que a Petrobras anuncie novas reduções nos preços dos combustíveis.

Importação de diesel

No mês passado, o governo informou que estava negociando a importação de diesel da Rússia. Se confirmada, a medida irá na contramão de vários países que têm adotado uma série de sanções contra os russos — como o embargo a importações de petróleo e derivados — em razão do conflito com a Ucrânia, que já dura mais de cinco meses.

O Brasil é considerado estruturalmente “deficitário” em óleo diesel. No ano passado, por exemplo, quase 30% da demanda total do país veio de fora.

Historicamente, o consumo de diesel é mais alto no segundo semestre por causa das sazonalidades das atividades agrícola e industrial. Segundo fontes do governo, o Ministério de Minas e Energia já trabalha com a expectativa de que o uso do combustível neste ano supere a quantidade consumida em 2021.

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