1 de 1 Bolsonaro participou de Cerimônia de Abertura do Congresso Aço Brasil 2022 em SP
- Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro (PL), que é candidato à reeleição, voltou a atacar a esquerda durante agenda com prefeitos, na tarde desta quarta-feira (24/8), em Betim, município de Minas Gerais. No estado mineiro, Bolsonaro deve fazer seu primeiro comício desde o início da campanha, na semana passada.
Logo no início de sua fala, o atual titular do Palácio do Planalto convidou um venezuelano para comentar a situação de sua nação de origem. Bolsonaro disse desejar que “o Brasil se transforme numa Venezuela”. O país vizinho vive um regime socialista sob o comando de Nicolás Maduro.
“O Alckmin trabalhou pelo impeachment da Dilma e hoje é vice do Lula”, diz @jairbolsonaro em Minas.
Presidente cedeu a palavra a um venezuelano que criticou a ditadura de Nicolás Maduro.
“Não podemos esquecer que quem fez campanha para Chávez e Maduro no passado foi o Lula, lá na Venezuela. Ele defendeu aquele regime. Certeza vez ele falou: ‘Na Venezuela pode faltar tudo, menos democracia’. É exatamente o contrário. Lá não tem democracia e falta tudo. Nós não queremos colocar o Brasil numa situação em que está a Venezuela”, pregou o presidente antes de entregar a palavra para o cidadão venezuelano, que se identificou apenas como Gregorio.
Bolsonaro tem dito que caso o seu principal adversário nas eleições deste ano, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vença a disputa pelo Palácio do Planalto, o Brasil seguirá o mesmo caminho da Venezuela e enfrentará “graves consequências” como, por exemplo, uma crise econômica.
“O pessoal acreditou fácil na palavra do Chavez, do Maduro e na campanha do Lula, dizendo que a esquerda ia dar o paraíso para eles. Não deram o paraíso. Deram fome, miséria, violência e desgraça. E o fim da família, a desestruturação das famílias na Venezuela”, disse o candidato ao Planalto pelo PL.
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Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022
Reprodução/Instagram
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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Hugo Barreto/Metrópoles
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Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
Getty Images
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Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair
JP Rodrigues/Metrópoles
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Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República
Daniel Ferreira/Metrópoles
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Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos
Instagram/Reprodução
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Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente
Igo Estrela/Metrópoles
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Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros
Alan Santos/PR
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Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente
Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto
No evento desta quarta, Jair Bolsonaro ainda voltou a convocar os apoiadores a participar dos atos marcados para 7 de setembro, data em que serão celebrados os 200 anos da Independência do Brasil.
“Ontem, em Brasília, recebi o coração de dom Pedro, porque temos o 7 de Setembro pela frente. Vamos comemorar 200 anos de independência. E mais, vamos também comemorar uma eternidade de liberdade para todos nós. A liberdade não tem preço. Não vamos perdê-la em uma eleição. Vamos fazer a nossa parte. Vamos lutar pelos nossos filhos, pela nossa Pátria. tenho certeza que cada um de nós saberá o que fazer no dia 2 de outubro próximo”, declarou.
Na sequência, Bolsonaro acrescentou: “Participem do 7 de setembro. O momento de nós mostrarmos para os outros que as nossas cores são verde e amarela. Que nós queremos a paz, a tranquilidade, a democracia, queremos a liberdade”.
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