Em meio à pandemia, Bolsonaro ameaça seguir Trump e retirar o Brasil da OMS
Na semana passada, presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou encerramento de relações com a organização
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ameaçou romper relações com a Organização Mundial da Saúde (OMS) se a instituição não abandonar o que Bolsonaro chamou de “viés ideológico”.
“Os Estados Unidos saiu [sic] da OMS. A gente estuda [fazer isso] no futuro. Ou a OMS trabalha sem o viés ideológico, ou a gente sai também. Não tem que ficar gente lá de fora dando palpite aqui dentro”, declarou Bolsonaro, que acrescentou: “A OMS tem que deixar de ser uma coisa política, partidária”.
No Palácio da Alvorada, o presidente citou os Estados Unidos que, na semana passada, anunciaram que estavam encerrando relações com a organização e que iriam realocar financiamento antes destinado a OMS a outras iniciativas.
Para Trump, a OMS foi “pressionada” pela China para dar “direcionamentos errados” ao mundo sobre o novo coronavírus, causador da Covid-19. “O mundo está sofrendo agora como resultado dos malfeitos do governo chinês”, disse.
O rompimento com a OMS ocorreu em meio a uma série de desentendimentos entre o organismo e os EUA. Em abril, Trump anunciou a suspensão de verbas à entidade — mas ainda não havia terminado as relações, como ocorreu na sexta da semana passada.