Em meio a negociações sobre auxílio, Bolsonaro faz live
Mais cedo, nesta quinta, presidente disse que benefício emergencial deve retornar em março por mais 3 ou 4 meses. Valor ainda é discutido
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou na noite desta quinta-feira (11/2) a semanal transmissão ao vivo nas redes sociais.
Veja como foi:
A live ocorreu horas após o chefe do Executivo anunciar que o auxílio emergencial deve retornar em março, por mais três ou quatro meses. Bolsonaro não deu mais detalhes sobre valores das novas parcelas.
“Está quase certo, não sabemos o valor. Com toda a certeza, a partir de… Pode não ser, né. A partir de março, três, quatro meses. É o que está sendo acertado com o Executivo e com o Parlamento também, porque temos que ter responsabilidade fiscal”, declarou Bolsonaro.
Em 2020, o auxílio emergencial socorreu 68 milhões de cidadãos diretamente, totalizando um gasto público sem precedentes de mais R$ 300 bilhões em pagamentos.
No ano passado, os beneficiados receberam ao menos 5 parcelas de no mínimo R$ 600. Em setembro, o governo decidiu prorrogar o auxílio até dezembro no valor de R$ 300, mas redefiniu as regras e só 56% dos aprovados fora do Bolsa Família tiveram direito a receber mais 4 parcelas extras.
Na quarta-feira (10/2), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que é preciso responsabilidade fiscal diante da pressão por um novo auxílio emergencial.
A classe política pressiona o governo a retomar o programa. A principal proposta aventada é o pagamento de três parcelas de R$ 200, a serem concedidas apenas aos trabalhadores informais que não recebem o Bolsa Família.
A ideia é que sejam beneficiados apenas os brasileiros que participarem de curso de qualificação profissional. Orçado em R$ 6 bilhões, ainda não há previsão de quando o novo subsídio governamental deve entrar em vigor.
Já na manhã desta quinta, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que espera de Paulo Guedes uma solução imediata para bancar a criação de um novo auxílio emergencial para pessoas mais necessitadas durante a pandemia do coronavírus.
“É importante que mantenhamos o ritmo. Instalamos a CMO [Comissão Mista de Orçamento], já mandamos a reforma administrativa para a CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], aprovamos a autonomia do Banco Central, que é muito importante para segurança monetária. Estamos fazendo a nossa parte”, apontou o parlamentar.