metropoles.com

Em meio a ‘guerra’ sobre impeachment, Congresso cancela sessão para votar vetos

O Palácio do Planalto trabalhava para impedir que a sessão conjunta de deputados e senadores se transformasse em um “palanque” de críticas contra Dilma

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Leonardo Arruda/Metrópoles
congresso na chuva
1 de 1 congresso na chuva - Foto: Leonardo Arruda/Metrópoles

Em meio a “guerra” sobre o impeachment, foi cancelada nesta terça-feira, 8, a sessão do Congresso marcada para as 19 horas para apreciar 16 vetos presidenciais. A decisão foi tomada diante do movimento dos parlamentares da oposição de obstruir as votações até que haja a instalação da comissão especial da Câmara destinada a julgar a admissão do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Pouco antes, em entrevista, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que ainda estava “avaliando” a situação, uma vez que a oposição dava sinais de que não iria dar quórum para garantir a realização da sessão.

O Palácio do Planalto trabalhava para impedir que a sessão conjunta de deputados e senadores se transformasse em um “palanque” de críticas contra Dilma. A pressão sobre o governo aumentou após a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a delação premiada feita pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS) que acusou a presidente de ter indicado um ministro do Superior Tribunal da Justiça (STJ) numa tentativa frustrada de livrar da cadeia dois presos da Operação Lava Jato. Dilma nega a acusação.

No caso das votações que estavam previstas na sessão do Congresso, uma das preocupações do governo era barrar a derrubada de um veto na lei de regularização de recursos de brasileiros no exterior não-declarados ao Fisco. Conforme mostrou mais cedo o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, trata-se do trecho da lei barrado por Dilma em janeiro que determinava que parte desses recursos iria abastecer os fundos de participação dos Estados (FPE) e dos municípios (FPM).

Esse veto Dilma – o último dos 16 itens da sessão conjunta – permite que todos os recursos regularizados reforcem o caixa do governo federal, ajudando, em especial, no superávit primário. Se ele for derrubado, o Executivo deverá perder, segundo estimativas da própria equipe econômica, pelo menos R$ 21 bilhões – o processo de repatriação oficialmente ainda não foi aberto porque a Receita Federal ainda não publicou a regulamentação da lei.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?