Em meio a denúncias sobre Covaxin, Bolsonaro faz live de 5ª
Presidente tem dito que se algo estiver errado no processo de aquisição da vacina indiana, será investigado. CPI da Covid apura caso
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realizou na noite desta quinta-feira (24/6) a sua transmissão semanal e ao vivo nas redes sociais.
Veja como foi:
A live ocorreu em meios às denúncias sobre suspeitas de corrupção no processo de aquisição da vacina indiana Covaxin.
De acordo com documentos do Tribunal de Contas da União (TCU), a vacina indiana Covaxin foi a mais cara negociada pelo governo federal, custando R$ 80,70 a unidade. O valor é quatro vezes maior que o da vacina da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a AstraZeneca, por exemplo.
A CPI da Covid investiga por que o governo agilizou os trâmites na compra da vacina indiana. Segundo um levantamento do TCU, o Ministério da Saúde levou 97 dias para fechar o contrato da Covaxin, enquanto demorou 330 dias para ter um acordo com a Pfizer.
Além disso, o contrato entre o Ministério da Saúde e a Precisa Medicamentos para compra da Covaxin foi o único acordo do governo que teve um intermediário sem vínculo com a indústria de vacinas – o que foge do padrão das negociações e contratos de outros imunizantes.
Alerta
Chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Miranda afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, que se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro em 20 de março e alertou sobre suspeitas de corrupção envolvendo a aquisição da vacina indiana.
Durante depoimento ao Ministério Público, no inquérito apura a conduta do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, o servidor afirmou que recebeu pressões para favorecer a Precisa Medicamentos em depoimento ao Ministério Público.
Nessa quarta-feira (23/6), o deputado Luis Miranda disse que ele e seu irmão, Luis Ricardo Miranda, alertaram Bolsonaro sobre as suspeitas. Os irmãos Miranda vão prestar depoimentos, nesta sexta-feira (25/6), na CPI da Covid.
Após a grande repercussão, o Palácio do Planalto informou que vai acionar a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar o deputado e o servidor.