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Em meio à crise com Mourão, Carlos Bolsonaro pratica tiro ao alvo

Clube de armas em Florianópolis é o mesmo frequentado por Adélio Bispo dias antes de dar uma facada no abdômen do presidente Jair Bolsonaro

atualizado

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Divulgação/Câmara Municipal do Rio de Janeiro
Carlos Bolsonaro
1 de 1 Carlos Bolsonaro - Foto: Divulgação/Câmara Municipal do Rio de Janeiro

Após fazer diversos ataques ao vice-presidente da República, Hamilton Mourão, nas redes sociais, o vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC) foi praticar disparos em um clube de tiro em Santa Catarina. As informações são do O Globo.

Um interlocutor próximo do “filho 02” do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que ele não atende desde domingo (21/04/2019) as ligações do pai, que pediu a ajuda de um amigo da família para tentar “acalmar” o vereador. O motivo da recusa seria o pedido de Bolsonaro para que fosse retirado do YouTube um vídeo em que o guru do presidente, Olavo de Carvalho, critica os militares.

O mesmo interlocutor relatou, ainda, dificuldades em manter contato com o parlamentar nos últimos dias, apesar de Carlos estar ativo nas redes sociais. Nesta quarta (24/04/2019), ele já estava de volta ao Rio para dar expediente na Câmara de Vereadores, após o feriado prolongado da Semana Santa e de São Jorge.

O Clube e Escola Tiro .38 fica em São José, na Grande Florianópolis, e é frequentado por Carlos e pelo irmão Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). O local é o mesmo em que Adélio Bispo, homem que atacou Bolsonaro a faca durante um ato de campanha no dia 6 de setembro do ano passado, praticou tiros dias antes do atentado.

Entenda
O vereador decidiu entrar no embate entre o escritor Olavo de Carvalho e o vice-presidente Hamilton Mourão. Nas redes sociais, o político criticou a postura do general e disse que ele está no “último suspiro de vida”.

Carlos compartilhou um vídeo de uma entrevista de Mourão em que ele sugere ser melhor a população venezuelana não estar armada para enfrentar o presidente Nicolás Maduro. “Senão, iríamos para uma guerra civil na Venezuela que seria horrível para o hemisfério como um todo”.

Na última segunda-feira (23/04/2019), em mensagem lida pelo porta-voz da Presidência, general Otávio Rego Barros, Bolsonaro pediu para que os conflitos entre a ala que segue o escritor Olavo de Carvalho no governo, da qual Carlos faz parte, parasse com as brigas com os militares, sobretudo com o vice.

Na terça, porém, o próprio presidente fez defesa enfática do filho, novamente por meio do porta-voz, ao dizer que ele sempre estaria ao seu lado por ser “sangue do seu sangue”.

Carlos porém voltou a atacar Mourão ainda nesta quarta-feira, acusando o general da reserva de ser “alinhado” com inimigos do presidente.

“Caiu no colo de Mourão algo que jamais plantou. Estranhíssimo seu alinhamento com políticos que detestam o presidente”, disse o vereador carioca ao resgatar fala de Mourão do dia 9 de abril, quando ele afirmou que o ex-deputado Jean Wyllys (PSol-RJ) não precisaria ter saído do país após as ameaças porque o estado poderia protegê-lo.

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