Em Juiz de Fora, Bolsonaro fala de facada: “Escapei pela mão de Deus”
É a primeira vez que o chefe do Executivo volta à cidade mineira, desde que foi alvejado por um golpe de faca por Adélio Bispo
atualizado
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Em discurso em um culto evangélico, em Juiz de Fora, Minas Gerais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) relembrou o atentado durante campanha eleitoral, em 2018, e disse que tinha que “cumprir uma missão”. É a primeira vez que o chefe do Executivo volta à cidade mineira, desde que foi alvejado por um golpe de faca por Adélio Bispo.
“Em Juiz de Fora, eu lembro todos os passos daquele dia. Procurei meu colete, não achei, eu tinha que cumprir uma missão. Comecei a andar pelo Brasil em novembro de 2014. Aconteceu. Quando levei aquele baque na barriga e caí, eu queria continuar. Falava para o pessoal da segurança: alguém me deu um soco, vamos em frente. O sangramento naquele caso é para dentro, não para fora.”, relembrou Bolsonaro.
O mandatário continuou a reflexão, dizendo que a experiência “acerca da morte”, revelou que ele foi “um entre 100 pessoas” que são esfaqueadas na região e continuam vivas.
“Depois de quase quatro anos, eu retorno a Juiz de Fora. A maioria dos médicos que me viram naquele estado me disseram de cada 100 pessoas levaram aquela facada, um teria chance de sobreviver. Alguns acham que é sorte, eu acho que é a mão de Deus. Ou melhor, eu tenho certeza”, disse.
Segundo Bolsonaro, ele não é um pregador, mas um militar. “Acho que certas coisas, só Deus explica. Minha vida está recheada dessas coisas”, acrescentou o presidente.
Antes do culto, Bolsonaro participou de uma motociata. Ele também caminhou nas ruas da cidade e fez uma visita à Santa Casa de Misericórdia, onde foi atendido ao tomar a facada.
Veja vídeo publicado nas redes sociais do presidente:
– Juiz de Fora/MG (15/07/2022). pic.twitter.com/URDo2KDkqx
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) July 15, 2022
Visita a Juiz de Fora
É a primeira vez que o chefe do Executivo volta a Juiz de Fora, em Minas Gerais, desde que foi alvejado por um golpe de faca por Adélio Bispo. Ainda candidato ao Palácio do Planalto, Bolsonaro participava de um comício, em 2018, quado foi esfaqueado na barriga.
Aliados defendiam que a visita não ocorresse nesta semana, após um episódio que reacendeu discussões sobre violência política no país. No último sábado (9/7), Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, foi morto a tiros em Foz do Iguaçu pelo policial penal federal Jorge Guaranho, apoiador declarado de Bolsonaro. A avaliação final no entorno do presidente foi de que o caso foi um fato isolado.
Em reação, Bolsonaro tem dito que também foi vítima de um ato motivado por disputas políticas. Ele cumpria compromisso de campanha no dia 6 de setembro de 2018 quando um homem, posteriormente identificado como Adélio Bispo, o esfaqueou na região do abdômen.
Apesar de a Polícia Federal (PF) apontar que não houve um mandante, o presidente insiste até hoje que as investigações não foram completas. A Justiça considerou o autor do crime inimputável em razão de doença mental.
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