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Em Juiz de Fora, Bolsonaro fala de facada: “Escapei pela mão de Deus”

É a primeira vez que o chefe do Executivo volta à cidade mineira, desde que foi alvejado por um golpe de faca por Adélio Bispo

atualizado

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Em Juiz de Fora (MG), o presidente Bolsonaro fala sobre facada que levou na cidade em 2018. Ele discursa em mezanino cercado de outras pessoas com microfone na mão e jaqueta preta - Metrópoles
1 de 1 Em Juiz de Fora (MG), o presidente Bolsonaro fala sobre facada que levou na cidade em 2018. Ele discursa em mezanino cercado de outras pessoas com microfone na mão e jaqueta preta - Metrópoles - Foto: Facebook/Reprodução

Em discurso em um culto evangélico, em Juiz de Fora, Minas Gerais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) relembrou o atentado durante campanha eleitoral, em 2018, e disse que tinha que “cumprir uma missão”. É a primeira vez que o chefe do Executivo volta à cidade mineira, desde que foi alvejado por um golpe de faca por Adélio Bispo.

“Em Juiz de Fora, eu lembro todos os passos daquele dia. Procurei meu colete, não achei, eu tinha que cumprir uma missão. Comecei a andar pelo Brasil em novembro de 2014. Aconteceu. Quando levei aquele baque na barriga e caí, eu queria continuar. Falava para o pessoal da segurança: alguém me deu um soco, vamos em frente. O sangramento naquele caso é para dentro, não para fora.”, relembrou Bolsonaro.

O mandatário continuou a reflexão, dizendo que a experiência “acerca da morte”, revelou que ele foi “um entre 100 pessoas” que são esfaqueadas na região e continuam vivas.

“Depois de quase quatro anos, eu retorno a Juiz de Fora. A maioria dos médicos que me viram naquele estado me disseram de cada 100 pessoas levaram aquela facada, um teria chance de sobreviver. Alguns acham que é sorte, eu acho que é a mão de Deus. Ou melhor, eu tenho certeza”, disse.

Segundo Bolsonaro, ele não é um pregador, mas um militar. “Acho que certas coisas, só Deus explica. Minha vida está recheada dessas coisas”, acrescentou o presidente.

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A primeira ocorreu em 6 de setembro, mesmo dia em que sofreu o atentado. Ele foi levado ao hospital às pressas para tratar lesões que a facada causou no intestino. Na ocasião, precisou colocar uma bolsa de colostomia
Dois dias após a primeira cirurgia, Bolsonaro foi transferido para outro hospital e, em 12 de setembro de 2018, submetido a um segundo procedimento para desobstruir as paredes do intestino delgado
Em 28 de janeiro de 2019, logo após tomar posso como presidente da República, Bolsonaro precisou realizar uma terceira cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e reconstruir o trânsito intestinal
No dia 8 de setembro de 2019, o presidente passou por outro procedimento para corrigir uma hérnia incisional no abdômen. O problema foi causado pelos diversos procedimentos decorrentes da facada
Em setembro de 2020, Bolsonaro realizou uma cistolitotripsia endoscópica para retirar um cálculo renal. Diferentemente dos outros procedimentos, esse foi menos invasivo
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Após ser esfaqueado na barriga por Adélio Bispo, durante encontro com apoiadores, em setembro de 2018, Bolsonaro já precisou passar por seis cirurgias - quatro relacionadas ao ataque - em menos de quatro anos

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A primeira ocorreu em 6 de setembro, mesmo dia em que sofreu o atentado. Ele foi levado ao hospital às pressas para tratar lesões que a facada causou no intestino. Na ocasião, precisou colocar uma bolsa de colostomia

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Dois dias após a primeira cirurgia, Bolsonaro foi transferido para outro hospital e, em 12 de setembro de 2018, submetido a um segundo procedimento para desobstruir as paredes do intestino delgado

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Em 28 de janeiro de 2019, logo após tomar posso como presidente da República, Bolsonaro precisou realizar uma terceira cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e reconstruir o trânsito intestinal

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No dia 8 de setembro de 2019, o presidente passou por outro procedimento para corrigir uma hérnia incisional no abdômen. O problema foi causado pelos diversos procedimentos decorrentes da facada

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Em setembro de 2020, Bolsonaro realizou uma cistolitotripsia endoscópica para retirar um cálculo renal. Diferentemente dos outros procedimentos, esse foi menos invasivo

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No dia 3 de julho de 2021, o presidente foi submetido a mais uma cirurgia. Dessa vez, o procedimento foi para realizar um implante dentário. Dias depois, o presidente reclamou de estar com soluços constantes e chegou a ser internado, mas não precisou de nenhuma intervenção cirúrgica

Fábio Vieira/Metrópoles

Antes do culto, Bolsonaro participou de uma motociata. Ele também caminhou nas ruas da cidade e fez uma visita à Santa Casa de Misericórdia, onde foi atendido ao tomar a facada.

Veja vídeo publicado nas redes sociais do presidente:

Visita a Juiz de Fora

É a primeira vez que o chefe do Executivo volta a Juiz de Fora, em Minas Gerais, desde que foi alvejado por um golpe de faca por Adélio Bispo. Ainda candidato ao Palácio do Planalto, Bolsonaro participava de um comício, em 2018, quado foi esfaqueado na barriga.

Aliados defendiam que a visita não ocorresse nesta semana, após um episódio que reacendeu discussões sobre violência política no país. No último sábado (9/7), Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, foi morto a tiros em Foz do Iguaçu pelo policial penal federal Jorge Guaranho, apoiador declarado de Bolsonaro. A avaliação final no entorno do presidente foi de que o caso foi um fato isolado.

Em reação, Bolsonaro tem dito que também foi vítima de um ato motivado por disputas políticas. Ele cumpria compromisso de campanha no dia 6 de setembro de 2018 quando um homem, posteriormente identificado como Adélio Bispo, o esfaqueou na região do abdômen.

Apesar de a Polícia Federal (PF) apontar que não houve um mandante, o presidente insiste até hoje que as investigações não foram completas. A Justiça considerou o autor do crime inimputável em razão de doença mental.

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