Em jantar, Guedes e Maia selam paz: “Brasil acima de qualquer divergência”
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre disse que o encontro “marca um novo iniciar dessa relação” entre o ministro e o deputado
atualizado
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Na saída do jantar de reaproximação organizado pelo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ter feito as pazes com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ao final do encontro, o tom da dupla era de reconciliação. Guedes e Maia, ao lado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), enfrentaram os jornalistas.
Maia iniciou pedindo desculpas a Guedes após tê-lo chamado de “desequilibrado” em discussão acalorada entre as partes. “Fui grosseiro e não é do meu feitio”, disse.
Guedes também se desculpou pelos atritos recentes com o presidente da Câmara dos Deputados. “Eu nunca ofendi o presidente Rodrigo Maia. Isso não é ofensa, é uma troca de opiniões. Eu, caso tenha o ofendido, peço desculpas também. Não há problema”.
Alcolumbre, por sua vez, disse que o jantar “marca um novo iniciar dessa relação”. “Com franqueza, honestidade e com divergências, que é natural da vida pública. Mas sempre dialogando”.
Ainda à imprensa, o ministro Paulo Guedes voltou a falar sobre o assunto do programa social Renda Cidadã, que chamou de “desafio”. “A sociedade tem que estar unida em torno dessa retomada”, pontuou.
Gratidão
Maia manifestou “gratidão” a Guedes ao dizer que o atual ministro “foi um dos únicos do governo Bolsonaro a apoiá-lo nas eleições [para a presidência da Câmara]. Gratidão não prescreve”.
“Agradeço e retribuo ao Rodrigo. Os interesses do Brasil estão acima de qualquer interesse pessoal e divergência. Ano passado trabalhamos muito bem, juntos, nas reformas”, completou Guedes.
Desemprego
Além de discutirem o Renda Cidadã, os dois teriam conversado sobre políticas públicas voltadas para contornar o alto índice de desemprego, resultado da pandemia do novo coronavírus.
Guedes classificou o cenário empregatício do país em meio a crise sanitária como “uma ferida aberta”. “Precisamos pensar em criar programas de emprego em massa”, pontuou.