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Em guerra da vacina, Bolsonaro ataca Doria: “Nanico projeto de ditador”

O presidente considerou que o governador de São Paulo é irresponsável ao querer impor vacina em seu estado

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Discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU 4
1 de 1 Discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU 4 - Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta-feira (22/10), que o governador de São Paulo, João Doria, é autoritário e o chamou de “nanico projeto de ditador”, ao criticar a postura do tucano de querer impor a vacinação contra o coronavírus, em São Paulo.

“Realmente, impor medidas autoritárias, só para esses nanicos projetos de ditadores, como esse cara de São Paulo aí”, atacou o presidente.

De acordo com o chefe do Executivo nacional, Doria estaria se precipitando ao falar de obrigatoriedade sobre uma vacina que ainda não tem comprovação científica.

“Então, não ouvi dizer, e acho que vocês também, nenhum chefe de Estado do mundo dizendo que iria impor a vacina quando ela tiver. É quase uma maneira de levar terror junto à população. Até porque, impor uma vacina que não tem um certo tempo de comprovação científica, fica muito difícil”, disse o presidente aos apoiadores, na porta do Palácio da Alvorada.

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Bolsonaro diz que pandemia do novo coronavírus está acabando
Doria mostra a vacina chinesa
Doria mostra a vacina chinesa
Nesta segunda, Dória culpou o Ministério da Saúde
Doria, em Brasília, pediu que o ministro da Saúde fosse poupado pelo presidente Bolsonaro
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Doria, em Brasília, pediu que o ministro da Saúde fosse poupado pelo presidente Bolsonaro

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Bolsonaro acusou Doria de levar pânico à população: “Quando esse governador fala, em vídeo, que ele iria obrigar 40 milhões de paulistas a tomar a vacina, ele causa pânico nesse pessoal”.

O presidente disse ter a sua posição, desta vez, respaldada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Ontem (quarta, 21/10), a OMS se manifestou contra a obrigatoriedade da vacina e disse que é contra medidas autoritárias. Eu quero dizer que a OMS se manifestou depois que eu já havia me manifestado. Então, dessa vez, eu acho que eles estão se informando corretamente. Talvez me ouvindo até, né? Então eu tenho a certeza que não voltarão atrás nessa decisão”, disse.

Eficácia

Bolsonaro enfatizou que não há comprovação científica da eficácia das vacinas até o momento e que não houve ainda aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“É um direito de cada um tomar ou não. E outra coisa: é uma irresponsabilidade do governador (João Doria) porque não existe uma vacina eficaz e, no nosso caso, além de não existir comprovação científica, ainda não foi obviamente ratificada pela Anvisa”.

Bolsonaro ironizou a OMS que, segundo ele, não apoia a vacinação obrigatória: “Então, parabéns à OMS, começaram a acertar. Começando agora a se informar melhor antes de emitir um juízo, uma sugestão, uma medida aí que atinja a todos no mundo”, disse o presidente.

“Salve vidas”

Nessa quarta-feira (21/10), João Doria esteve em Brasília e fez um apelo ao presidente Jair Bolsonaro para que ele não recrimine o ministro da Saúde, que a seu ver, agiu corretamente em relação à compra da vacina do Instituto Butantan.

“Peço a compreensão do presidente e o seu sentimento humanitário para compreender que seu ministro da Saúde agiu corretamente, baseado na medicina”, afirmou o governador. “Salve vidas, presidente Bolsonaro, e deixe as eleições para depois”.

O pedido veio após Bolsonaro, em resposta a comentários de apoiadores em sua conta no Facebook, que o governo federal não comprará a vacina do laboratório chinês Sinovac Biotech, uma das que estão em estágio mais avançado no mundo.

No Brasil, a empresa chinesa mantém parceria com o governo de São Paulo e com o Instituto Butantan, responsável por coordenar as pesquisas e fabricar a vacina, caso ela tenha resposta imunizatória e seja aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Bolsonaro prometeu que “tudo será esclarecido hoje” e garantiu que não comprará a vacina. Em resposta a um de seus seguidores, que acusou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de traição, o chefe do Executivo disse que “qualquer coisa publicada, sem qualquer comprovação, vira traição”.

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