Em entrevista, Patrícia Pillar diz que Ciro Gomes “nunca foi machista”
A atriz confessou também que votaria no ex-marido para o Palácio do Planalto: “Não há a menor chance de o meu voto não ser dele”
atualizado
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Mais de 16 anos após a entrevista em que o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) afirmou que o papel da sua esposa na campanha era “dormir com ele”, a atriz Patrícia Pillar afirma que o ex-marido “nunca foi machista”. “Todas as entrevistas dele em que eu estava presente aparecia essa pergunta e sempre de forma provocativa”, afirmou a artista, em entrevista ao jornal O Globo publicada neste domingo (25/3).
Questionada sobre a polêmica declaração do político, a atriz defendeu Ciro. “Convivi 17 anos com ele e ele nunca foi machista. Naquela campanha, ele era uma alternativa ao PT e ao PSDB, e estava super exposto, apanhando dos dois lados. Todas as entrevistas dele em que eu estava presente aparecia essa pergunta e sempre de forma provocativa. E, neste dia, já era a terceira ou quarta”, disse.
A atriz confessou ao jornal que votaria em Ciro para o Palácio do Planalto. “Voto nele, claro. O panorama ainda está indefinido, mas não há a menor chance de o meu voto não ser dele”.
Desculpas
Patrícia revelou que o político desculpou-se com ela logo após o episódio. E foi perdoado. “Para uma pessoa que não se tornou cínica, é muito difícil aguentar certas coisas. Só que as pessoas muitas vezes preferem os cínicos, os ‘educados’, que dizem coisas incríveis, mas que fazem o oposto. Isso é terrível. Ele me pediu desculpas, e eu compreendi imediatamente, pelo cansaço e pelo esgotamento que vivi junto com ele”.
A polêmica frase constrange até hoje o político cearense, que tenta viabilizar-se na disputa eleitoral como uma alternativa de centro-esquerda. Em entrevista ao Metrópoles em fevereiro deste ano, Ciro incomodou-se quando questionado sobre a declaração.
“Foi uma grande bobagem que eu fiz, há 16 anos atrás (sic), já me desculpei um milhão setecentas e oitenta e duas vezes. Isso tudo é fraude, tirar uma frase de contexto e botar na boca é porque não dá para dizer que eu sou ladrão, para dizer que eu sou incompetente, que não tenho respostas para o drama do emprego, do salário”, retrucou, depois de negar o episódio.