Em dois anos, número de militares no governo Bolsonaro dobrou
Eles ocupam cargos no alto escalão do governo, em postos de coordenação, diretoria, secretaria ou de ministro
atualizado
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Nos últimos dois anos, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dobrou a presença de militares em posições estratégicas no governo, como ministérios, e principalmente, em cargos comissionados nas maiores faixas de remuneração. O levantamento é de autoria dos gabinetes do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e da deputada federal Tabata Amaral (PDT-SP) e jornal O Globo.
No início do governo, em janeiro de 2019, 188 militares ocupavam cargos comissionados. Já em setembro de 2020, 342 egressos das Forças Armadas estavam em postos de coordenação, diretoria, secretaria ou de ministro, recebendo os maiores salários.
Além do Ministério da Defesa, na pessoa do general Fernando Azevedo, que é precursor em admitir membros de Exército, Marinha e Aeronáutica, pastas como Saúde e Meio Ambiente registram grande presença.
De janeiro de 2013 até setembro de 2020, o número de militares foi de 83 a 342. O percentual de militares em altos cargos do governo federal foi de 1,7% em 2013 para 6,5% em 2020. Evidentemente o número não parou de subir de 2020 para 2021.
Ainda nos últimos dias, Bolsonaro revelou que mais dois generais entrarão para o time: o general Joaquim Silva e Luna, no caso da presidência da Petrobras, e o almirante Flávio Rocha mais cotado para ser o novo chefe da Secretaria Especial de Comunicação (Secom).