metropoles.com

Em depoimento, Joesley diz que áudio “é conversa de bêbado”

Empresário esteve por quase quatro horas na PGR nesta quinta (7/9) e garantiu que não foi orientado pelo ex-procurador Miller a gravar Temer

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Joesley batista
1 de 1 Joesley batista - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

No depoimento de quase quatro horas que prestou à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta quinta-feira (7/9), o empresário Joesley Batista, do Grupo J&F, disse que não recebeu orientação do ex-procurador Marcelo Miller para gravar o presidente Michel Temer (PMDB). Afirmou, ainda, que levar a sério os novos áudios apresentados à PGR por engano é como acreditar em uma “conversa de bêbados.”

Aos procuradores, Joesley confirmou que conheceu Miller em data anterior à que ele foi exonerado da PGR. Segundo o empresário, no entanto, Marcelo Miller se apresentou como advogado e disse que já tinha pedido a exoneração do Ministério Público – o que só teve efeito oficialmente a partir de abril.

Segundo Joesley disse aos procuradores, Miller não trabalhou no acordo de delação nem quando deixou oficialmente o Ministério Público. Ele afirmou, no entanto, que conversou superficialmente com o ex-procurador sobre o acordo de delação. Na mesma época em que fez os contatos com Miller, Joesley buscava um nome para assumir a área de compliance e combate à corrupção da JBS.

Segundo o jornalista Ricardo Noblat, não foi Joesley que despachou a gravação para a PGR. O áudio foi feito por Ricardo Saud, diretor de relações institucionais do grupo, que a despachou em meio a documentos enviados recentemente ao procurador Rodrigo Janot. Desde que a gravação foi feita em meados de março último, se deterioram as relações entre patrão e empregado.

Depoimentos
Joesley chegou a Brasília de manhã junto com o diretor jurídico do grupo Francisco de Assis e Ricardo Saud. No total, permaneceram quase dez horas no local. Os três prestaram esclarecimentos à Procuradoria no procedimento que deve revogar o benefício de imunidade penal concedido aos delatores. Em gravação, Saud e Joesley falaram sobre uma suposta influência de Miller nas tratativas para a delação.

O empresário minimizou as menções que fez durante a conversa gravada ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Na conversa gravada, entre outras inconfidências picantes, Joesley e o ex-executivo do Grupo Ricardo Saud discutem como gravar o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo para ele “entregar” ministros do STF, o que poderia reforçar a delação dos executivos.

O primeiro a ser ouvido foi o advogado Francisco de Assis, questionado sobre a relação com Miller, e o último foi Ricardo Saud. O procedimento de revisão do acordo é conduzido pela subprocuradora Cláudia Marques. Nesta sexta-feira, 8, ela vai ouvir Marcelo Miller e analisar informações do escritório Trech, Rossi e Watanabe – onde o procurador chegou a trabalhar após ser exonerado do Ministério Público. (Com informações da Agência Estado e da TV Globo)

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?