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Em debate, presidenciáveis são confrontados com casos de corrupção

O tema dominou um dos blocos do encontro ocorrido no domingo (9)

atualizado

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RONALDO SILVA/AGÊNCIA ESTADO
DEBATE ENTRE CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA PROMOVIDO PELA TV GAZETA.
1 de 1 DEBATE ENTRE CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA PROMOVIDO PELA TV GAZETA. - Foto: RONALDO SILVA/AGÊNCIA ESTADO

O primeiro debate após o atentado contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL), promovido no domingo (9/9)  pelo Estado em parceria com a TV Gazeta, a Rádio Jovem Pan e o Twitter, retomou a discussão sobre o combate à corrupção nos embates entre os postulantes ao Planalto. O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) respondeu pela primeira vez em um encontro com adversários sobre a acusação de improbidade administrativa em ação apresentada pelo Ministério Público de São Paulo, no dia 5 de setembro. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT também foram alvo.

O tema da corrupção dominou o segundo bloco do debate. Já na primeira pergunta, Alckmin teve de responder sobre a ação na qual é acusado de enriquecimento ilícito por suposto caixa 2 da Odebrecht na campanha de 2014. “Estranho que isso (a acusação) ocorra a menos de 30 dias das eleições.”

Ao ser questionado por Marina Silva (Rede), o tucano disse que é preciso diferenciar o caso de Lula, condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, e do senador Aécio Neves. “Ele (Lula) foi condenado em segunda instância. Aécio nem julgado foi. Lei é para todo mundo. Quem deve, deve responder, deve ser punido. Quem não deve, deve ser absolvido.”

Marina respondeu que “PT e PSDB passaram a ser faces da mesma moeda”. “O que diferencia Aécio é o fato de ter foro privilegiado. Por isso, somos a favor de acabar com o foro, para não criar dois pesos e duas medidas no processo de combate à corrupção”, disse Marina. Na tréplica, Alckmin relembrou o passado petista da candidata. “Marina esteve 20 anos no PT. Em 2006, ocorreu o mensalão. Ela não saiu do PT. Só saiu em 2008. Nós sempre estivemos do outro lado de onde estava o PT.”

Já o candidato do MDB, Henrique Meirelles, foi questionado sobre investimentos que possui nas Bermudas, no Caribe. O emedebista disse que seus investimentos estavam em uma fundação “com finalidade de investir em educação no Brasil” depois que ele morrer.

Ciro Gomes (PDT), que levantou a questão em entrevistas recentes, chegou a elogiar o adversário. “Fui colega do Meirelles e tenho apreço por ele. Não é uma pessoa desonesta. Mas o Brasil permite de forma imoral a ele, que comandou a autoridade monetária, que vigia taxa de juros, e aos brasileiros abastados manterem mais de R$ 500 bilhões no estrangeiro.”

Lava Jato
Ciro foi questionado se vai apoiar a Lava Jato ou vai colocá-la “na caixinha”. O pedetista afirmou que operação “pode ser uma virada histórica”, mas criticou a “Justiça barulhenta”. Alckmin disse dar “total apoio à Lava Jato”.

Os dois discordaram sobre a prisão de Lula. Ciro disse que “política é política e direito é direito”. “O Brasil garante quatro graus de jurisdição, o que é uma aberração. Lula está com pena executada na segunda instância. Isso é novo”, disse Ciro. Alckmin afirmou que a prisão em segunda instância é correta.

Familiares
Enquanto nos dois debates anteriores os candidatos foram acompanhados de suas claques, no encontro de ontem os presidenciáveis trouxeram menos convidados. Apesar da plateia cheia, só Geraldo Alckmin veio acompanhado da mulher, candidatos e aliados. O auditório da TV Gazeta, com capacidade para 300 pessoas, estava lotado. Os candidatos Henrique Meirelles, Marina Silva, Ciro Gomes e Guilherme Boulos (PSOL) não trouxeram claques. PT e PSL, de Jair Bolsonaro, não enviaram representantes.

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