Em cúpula do Brics, Bolsonaro critica “monopólio do conhecimento” pela OMS
Presidente pediu reforma de organismos internacionais e ajuda do bloco para ingressar no Conselho de Segurança da ONU
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou o que chamou de “monopólio do conhecimento” por parte da Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante a cúpula dos Brics, nesta terça-feira (17/11), o chefe de Estado brasileiro também defendeu a reforma em organismos internacionais e pediu para que países-membros do grupo intercedam para que o Brasil tenha um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Desde o início, também critiquei a politização do vírus e o pretenso monopólio do conhecimento por parte da OMS, que necessita urgentemente de reformas. É preciso ressaltar que a crise demonstrou a centralidade das nações para a solução dos problemas que hoje acometem o mundo”, discursou Bolsonaro.
“Temos que reconhecer a realidade de que não foram os organismos internacionais que superaram os desafios, mas, sim, a cooperação entre os nossos países”, continuou o chefe do Executivo brasileiro, diante dos presidentes da Rússia, Índia, China e África do Sul, em reunião feita de modo virtual.
Bolsonaro apontou que “a verdadeira integração entre as nações” passa por reformas na OMS e na Organização Mundial do Comércio.
“A reforma da OMC é fundamental para a retomada do crescimento econômico global, é necessário prestigiar propostas de redução dos subsídios para bens agrícolas, com a mesma ênfase que alguns países buscam promover o comércio de bens industriais”, reforçou, pedindo que matéria-prima tenha o mesmo tratamento em acordos de negócios do que produtos industrializados.
Na solicitação que fez para entrar permanentemente para o Conselho de Segurança da ONU, Bolsonaro também pediu o ingresso de Índia e África do Sul. Atualmente, dois países do bloco fazem parte do conselho: Rússia e China.