Em cerimônia fechada, Milton Ribeiro toma posse como ministro da Educação
Ato foi fechado à imprensa e ocorreu no terceiro andar do Palácio do Planalto. Presidente Jair Bolsonaro participou por videoconferência
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) empossou na tarde desta quinta-feira (16/7) o pastor Milton Ribeiro como novo ministro da Educação.
O ato de assinatura do termo de posse foi fechado à imprensa, mas transmitido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e canais oficiais da Presidência. Bolsonaro participou por videoconferência, do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência. Ele está isolado após um novo teste apontar que ainda está com Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
Milton foi nomeado para assumir o MEC na semana passada. Ele é o quarto ministro da pasta desde o início do governo Bolsonaro (relembre quem já comandou o ministério mais abaixo).
Quem é Milton Ribeiro
Novo ministro da Educação, Milton Ribeiro tem 62 anos e nasceu em Santos, no litoral de São Paulo. Ele é teólogo e advogado, além de ter doutorado em educação. Ribeiro é pastor da Igreja Presbiteriana.
Em maio de 2019, ele foi nomeado por Bolsonaro para a Comissão de Ética Pública da Presidência da República (CEP). O órgão tem como função investigar ministros e servidores do governo, caso cometam alguma irregularidade.
Milton Ribeiro também é membro do Conselho Deliberativo do Instituto Presbiteriano Mackenzie, mantenedora da Universidade Presbiteriana Mackenzie, além de relator da Comissão de Assuntos Educacionais do Mackenzie.
Ele ainda integra a Administração Geral da Santa Casa dos Santos e já foi reitor em exercício e vice-reitor da Universidade Mackenzie, em São Paulo.
Ministros da Educação de Bolsonaro
O cargo de ministro da Educação estava desocupado após a demissão de Abraham Weintraub, que teve problemas com a Justiça ao chamar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de “vagabundos”. Ao anunciar a saída do governo, Weintraub disse que assumiria um cargo na diretoria do Banco Mundial, nos Estados Unidos.
Weintraub ficou 14 meses à frente do MEC e, assim como seu antecessor, Ricardo Vélez, colecionou uma série de polêmicas.
A gestão de Vélez frente ao MEC durou pouco mais de três meses. No período em que comandou a pasta, houve ao menos 14 trocas em cargos importantes no ministério, editais publicados com incongruências, e que depois foram anulados, além de frases polêmicas de Vélez, que levaram a críticas.
Para o lugar de Weintraub, o professor Carlos Alberto Decotelli foi nomeado. Apesar da nomeação ter saído no Diário Oficial da União (DOU), ele não chegou a tomar posse no cargo.
Decotelli ficou cinco dias no MEC e foi demitido após irregularidades em seu currículo. Com a rápida passagem pelo governo, o professor foi o ministro mais breve da história da Educação.
Após a saúde do professor, o presidente Jair Bolsonaro convidou o atual secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para assumir o cargo de ministro da pasta. No entanto, após pressão e resistência da ala ideológica, Bolsonaro declinou do convite.