Em carta, Lula pede “empenho” da militância durante campanha
Direção nacional do PT discute a definição de um vice para a campanha presidencial
atualizado
Compartilhar notícia
Em carta enviada para o Encontro Nacional do PT que oficializou sua candidatura ao Planalto neste sábado (4/8), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o direito de ser candidato e fez um apelo aos militantes para que o defendam na campanha presidencial. “Já derrubaram uma presidenta eleita, agora querem vetar o direito do povo escolher livremente o próximo presidente. Querem inventar uma democracia sem povo”, diz o texto escrito pelo petista e lido durante o evento.
Lula disse que seus opositores querem fazer uma eleição com “cartas marcadas” e que a democracia no país está ameaçada. Ele pediu ainda o “empenho de cada um” para a vitória do partido na disputa. “De onde me encontro, estou sempre renovando minha fé de que o dia do nosso reencontro virá, pela vontade do povo brasileiro”, escreveu.
A leitura da mensagem de Lula foi precedida por um discurso da ex-presidente Dilma Rousseff, candidata ao Senado por Minas Gerais. Ela disse que vai para a campanha defender Lula e se posicionar contra os autores do “golpe”, em referência ao processo de impeachment que a tirou da Presidência
A petista pediu “calma” à vereadora do Recife Marilia Arraes. Ela tentou ser candidata ao governo de Pernambucano, mas teve sua candidatura retirada pela cúpula nacional da legenda, em um acordo com o PSB.
PT debate nomes a vice
Após oficializar Lula como candidato à Presidência, a direção nacional do PT discute a definição de um vice para a campanha presidencial. Na manhã deste sábado (4), líderes do partido se reuniram com o PCdoB, ainda negociando uma aliança com o partido. O PT estuda as possibilidades de indicar um vice até segunda-feira (6), quando deve registrar a ata da convenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou deixar o anúncio em aberto até o registro da candidatura, em 15 de agosto.
Os nomes colocados são os da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o ex prefeito Fernando Haddad. Em conversa com dirigentes na sexta-feira (3), em Curitiba, o ex-presidente Lula pediu que o ex ministro Jaques Wagner também fosse consultado. Se o escolhido for Haddad, o PT, com aval de Lula, o que vai deflagrar o plano “B ” do partido.