Em carta, Bolsonaro defenderá Bolsa Família com “auditoria”
A intenção do documento é formalizar compromissos do pré-candidato na área social e defender ainda uma reforma da Previdência “devagar”
atualizado
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Preocupado em não perder votos entre eleitores de menor renda, o pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) prepara uma “carta de princípios” na qual se comprometerá em manter o Bolsa Família, com mais auditorias, entre outras promessas. A estratégia do documento é formalizar compromissos do pré-candidato na área social, no qual incluirá também uma reforma da Previdência “devagar”.
A carta de princípios do capitão da reserva do Exército mira a disputa por votos com Marina Silva (Rede) – a concorrente considerada mais difícil de bater -, e Ciro Gomes (PDT), ambos bem avaliados entre famílias de baixa renda. “Lula está fora de combate”, destacou Bolsonaro.
Conversas
A preocupação da campanha de Bolsonaro é com eventual difusão de que um governo do pré-candidato do PSL poderá acabar com o Bolsa Família. Criado há 14 anos pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa atende 13,9 milhões de famílias, que recebem em média R$ 178,46 por mês. A carta de princípios defenderá a análise de ações “pragmáticas” em saúde, emprego e educação para complementar a política de redução da pobreza.
Há preocupação também com o eleitorado feminino. Pesquisa Datafolha de janeiro mostrou, ainda num cenário com Lula candidato, que Marina vence Bolsonaro nos eleitorados feminino (20% a 11%), mais pobre (19% a 11%) e menos escolarizado (17% a 9%). No Nordeste, reduto principal do eleitor do petista, Bolsonaro teve 9%, índice inferior tanto ao de Marina (16%) quanto ao de Ciro (15%). O Nordeste é a região apontada em pesquisas internas do grupo de Bolsonaro como área das mulheres mais refratárias ao pré-candidato.