Em bar da Asa Norte, Boulos diz: “Minha campanha é olho no olho”
Presidenciável do PSol se encontrou com jovens apoiadores em reduto de estudantes da Universidade de Brasília (UnB)
atualizado
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O candidato do PSol à Presidência da República, Guilherme Boulos, promoveu um ato de campanha em um bar da Asa Norte, em Brasília, na noite desta terça-feira (28/8). Em discurso, ele afirmou que o tom de seu horário eleitoral será no sentido de denunciar desigualdades e privilégios, e de combate ao grande abismo social ainda existente no Brasil.
“Não é possível que quem tem carro pague IPVA e quem tem jatinho não pagar um centavo de imposto”, declarou. A taxação de grandes fortunas e cobrança de impostos para proprietários de itens de luxo, como barcos e helicópteros, tem sido uma das ideias defendidas pelo coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
O local escolhido para o encontro do presidenciável e jovens brasilienses de esquerda é conhecido por reunir estudantes da Universidade de Brasília (UnB). Aos seus simpatizantes que acompanharam o ato, Boulos garantiu: sua campanha será “olho no olho”.
“Minha campanha vai crescer porque fazemos política olho no olho. Como aqui, hoje, falando com essa juventude. Quero ver qual candidato vai fazer isso. […] É uma campanha desigual. Nós temos 15 segundos, e o Alckmin tem 5 minutos”, afirmou, referindo-se ao tempo de seu programa em rádios e TVs. A propaganda eleitoral gratuita estreia nesta sexta-feira (31/8).
Críticas
O candidato ainda comentou o julgamento do adversário Jair Bolsonaro, presidenciável pelo PSL, realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça (28/8). O parlamentar carioca é acusado de racismo. A sessão na 1ª Turma da Corte terminou empatada em 2 x 2 e foi suspensa, pois o presidente da Turma, ministro Alexandre de Moraes, pediu vistas. O julgamento continua na próxima terça (4/9). “Bolsonaro cometeu racismo e tem que ser réu. Racismo é crime. O STF não pode pedir vistas a perder de vista”, afirmou Boulos.
O candidato à Presidência pelo PSol também criticou Michel Temer, que decretou o uso das Forças Armadas para reforçar a segurança em Roraima, destino de refugiados venezuelanos. “Isso não é a solução”, disse Boulos. “Lá tem gente com problemas humanitários, que precisa de integração e de acolhimento, não de Forças Armadas. Não é isso que vai resolver aquele problema”.
Sabatina
Mais cedo, o presidenciável do PSol participou de entrevista aos veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Assista à íntegra abaixo: