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Em áudio, Bolsonaro diz que Globo é “inimiga” e critica Bebianno

Ex-ministro se encontraria com o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo. Atitude foi criticada pelo presidente

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Em foto colorida, o ex-ministro Gustavo Bebianno com Jair Bolsonaro
1 de 1 Em foto colorida, o ex-ministro Gustavo Bebianno com Jair Bolsonaro - Foto: Reprodução/Facebook

A revista Veja divulgou com exclusividade uma série de áudios que foram trocados entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e o então ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno (PSL), que mostram as acusações, trocas de farpas e desentendimentos que culminaram na exoneração de Bebbiano. Em um deles, o líder do Executivo critica o ex-ministro por receber no Palácio do Planalto o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet Camargo.

Antes do áudio, Bebianno teria perguntado ao presidente se havia “algo contra” por receber o executivo da emissora da família Marinho. Bolsonaro, então, retruca: “Gustavo, o que eu acho desse cara da Globo dentro do Palácio do Planalto: eu não quero ele aí dentro. Qual a mensagem que vai dar para as outras emissoras? Que nós estamos nos aproximando da Globo. Então, não dá para ter esse tipo de relacionamento.”

“Agora, inimigo passivo, sim. Agora… Trazer o inimigo para dentro de casa é outra história. Pô, cê tem que ter essa visão. Pelo amor de Deus, cara. Fica complicado a gente ter um relacionamento legal dessa forma porque cê tá trazendo o maior cara que me ferrou – antes, durante e após a campanha – para dentro de casa. Me desculpa. Como presidente de República: cancela, não quero esse cara aí dentro. Ponto final”, concluiu.

Demissão 

Foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (19/2) a exoneração do secretário-geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno. A formalização da decisão tomada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) ocorreu um dia depois de o porta-voz do Planalto, Otávio Rêgo Barros, confirmar a saída do ministro do comando da pasta.

De acordo com Barros, o chefe do Executivo agradeceu a Bebianno pela “dedicação à frente da pasta e desejou sucesso na nova caminhada”. “O motivo da exoneração é de foro íntimo do presidente”, disse o porta-voz, que afirmou desconhecer se foi oferecido algum outro cargo ao agora ex-ministro.

Assume a Secretaria-Geral o general Floriano Peixoto. Respondendo a pergunta do Metrópoles, o porta-voz disse não ter conhecimento se o presidente da República entrou em contato nessa segunda-feira com Bebianno, que coordenou a campanha vitoriosa de Bolsonaro rumo ao Planalto. Tampouco foi informado se o agora ex-secretário-geral terá alguma atribuição dentro do PSL.

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