Em ato, Greenpeace “premia” Arthur Lira com a Motosserra de Ouro 2021
ONG critica a postura do presidente da Câmara dos Deputados em relação a PLs que promovem “desmontes ambientais”
atualizado
Compartilhar notícia
O Greenpeace Brasil realizou, nesta terça-feira (17/8), um protesto em frente ao Anexo 2 da Câmara dos Deputados, encenando a entrega do Prêmio Motosserra de Ouro Edição 2021 ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). O objetivo do protesto foi “chamar a atenção para os desmontes ambientais” promovidos na Câmara, sob o comando do parlamentar.
No ato, participantes vestidos de gala desfilaram por um tapete vermelho e entregaram o prêmio a um homem usando uma máscara de Arthur Lira, exibindo o crachá de “funcionário do mês do (des)governo Bolsonaro” e segurando um molho de chaves – que simboliza o Congresso fechado ao público.
“O presidente da Câmara vem seguindo à risca seu compromisso com o projeto de destruição ambiental de Bolsonaro. Prova disso é que, em seis meses de mandato, Lira conseguiu aprovar o pior texto do PL do Licenciamento Ambiental e, recentemente, o PL da Grilagem”, declarou Thais Bannwart, porta-voz de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil.
De acordo com Bannwart, esse projetos “impulsionam o desmatamento, o fogo e a violência contra povos indígenas e do campo, além de agravar a emergência climática. Por tudo isso, Lira tem se mostrado o grande merecedor do prêmio Motosserra de Ouro Edição 2021 e é hora de entregarmos esse troféu a ele”.
A ONG destacou que, há uma semana, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), alertando sobre a emergência climática que estamos vivendo e revela que a influência humana é responsável por alta de 1,07°C na temperatura global.
“O Brasil tem um papel fundamental no enfrentamento da crise do clima e o desmatamento da Amazônia, que segue batendo recordes mês a mês, é a principal fonte de emissões de gases do efeito estufa no país. Por isso, é primordial alcançarmos o desmatamento zero com leis para conter a ação humana na destruição ambiental”, diz o Greenpeace.