Em articulação contra Maduro, Araújo se reúne com oposição venezuelana
O encontro foi incluído na agenda do ministro somente depois que o assunto passou a ter destaque na mídia
atualizado
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O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, está reunido desde a manhã desta quinta-feira (17/1) com representantes da oposição na Venezuela. Embora o objetivo da reunião não tenha sido divulgado pelo governo federal, o encontro ocorre em meio a articulações do grupo, que critica a posse do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, para o segundo mandato. Mais de 40 países, incluindo o Brasil, não reconhecem a sua presidência.
A reunião é fechada e a lista de presentes não foi divulgada. Três importantes políticos venezuelanos contrários a Maduro desembarcaram em Brasília entre quarta (16/1) e quinta-feira (17/1) com o objetivo de articular o reconhecimento do presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, como legítimo representante do país.
Trata-se do ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, o ex-presidente da Assembleia Nacional (AN) Julio Borges e o número dois do partido de oposição Vontade Popular (VP), Carlos Vecchio, além do ex-presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, que se encontra no exílio, Miguel Ángel Martín, que os acompanha.
Na semana passada, Maduro tomou posse sob protesto de opositores e órgãos internacionais. Em seguida, Guaidó se autoproclamou presidente e obteve o reconhecimento do Brasil e de outros países como Argentina. Críticas ao governo de Maduro e apoio à oposição venezuelana foram alguns dos temas do encontro do presidente Jair Bolsonaro (PSL) com o argentino Maurício Macri na quarta-feira (16/1).
Sem divulgação
A notícia de que os líderes de oposição se encontrariam com o ministro nesta quinta não foi divulgada com antecedência pelo Itamaraty. Somente na manhã desta quinta, após a informação ter sido publicada pela imprensa, é que o Ministério de Relações Exteriores (MRE) incluiu o compromisso na agenda do ministro.
Há uma previsão de que o grupo possa ser recebido nesta quinta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro. No entanto, essa informação não foi confirmada nem pelo Itamaraty nem pelo Planalto.