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Em apoio a Lawand, bolsonarista ironiza e fala em “golpe das bengalas”

Coronel do Exército, Jean Lawand Júnior é o depoente desta terça-feira na CPMI do 8/1 no Congresso Nacional

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Lawand foi citado nas investigações da Polícia Federal (PF) que apuram a mobilização de atos golpistas por militares
1 de 1 Lawand foi citado nas investigações da Polícia Federal (PF) que apuram a mobilização de atos golpistas por militares - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Coronel do Exército, Jean Lawand Júnior, ex-subchefe do Estado Maior do Exército, que prestou depoimento nesta terça-feira (27/6) à CPMI do 8/1 no Congresso Nacional, foi jogado aos leões por alguns parlamentares bolsonaristas. Mas também recebeu apoio. Mauricio Marcon (Podemos-RS), um dos mais ferrenhos defensores de Bolsonaro na CPMI, chegou a acusar o governo Lula de ter oferecido R$ 60 milhões em emendas parlamentares para evitar a instalação do colegiado.

Na sequência, Marcon recorreu à ironia ao perguntar ao coronel se ele tratou com o ex-presidente sobre “um planejamento de golpe, contratando velhinhas para botar aqui dentro, alguma marcha, alguma coisa depois do dia 21/12 [dia em que Lawand enviou mensagens para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro] que indicasse qualquer vontade de dar um ‘golpe das bengalas’ em Brasília”. Lawand respondeu negativamente à ironia.

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Senador Magno Malta (PL-ES) e deputado Arthur Maia, respectivamente 2° vice-presidente e presidente da comissão, batem boca ao final da sessão de hoje (27/6) da CPMI do 8 de Janeiro
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Senador Magno Malta (PL-ES) e deputado Arthur Maia, respectivamente 2° vice-presidente e presidente da comissão, batem boca ao final da sessão de hoje (27/6) da CPMI do 8 de Janeiro

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Na CPI do 8/1, Lawand pediu desculpas por mensagens golpistas

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Veja como foi o depoimento:

 

A oitiva com Jean Lawand Júnior aconteceu porque no celular de Mauro Cid foram encontradas mensagens do militar pedindo ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro interferência para convencer o então presidente da República e as Forças Armadas a darem um golpe de estado. O coronel não aceitava a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de outubro de 2022.

A ação dos bolsonaristas para isolar as ações do coronel e impedir qualquer associação a Jair Bolsonaro contiuou. O senador Jorge Seif (PL-SC) apontou “contradições” no discurso de Lawand e afirma que Mauro Cid não deu atenção às mensagens enviadas pelo colega militar. O então ajudante de ordens chegou a afirmar que a ordem para o golpe não seria dada.

Seif, então, questionou Lawand se ele tentou incitar o povo a tentar dar o golpe, mas a resposta do militar foi novamente negativa. “Então o presidente não deu a ordem para um golpe, apesar dos conselhos. Mesmo que o Cid tenha falado algo para o presidente Jair Bolsonaro, ele respeitou o estado democrático”, disse o senador, ex-secretário do governo passado.

Lawand pede desculpas

Mais cedo, Laewand negou ter incentivado um golpe. “Afirmo aos senhores que em nenhum momento falei sobre golpe. Em nenhum momento atentei contra a democracia brasileira. Em nenhum momento quis quebrar, destituir, agredir qualquer uma das instituições. Isso não faz parte do que aprendi na minha carreira”.

Apesar disso, o ex-subchefe do Estado Maior do Exército pediu desculpas sobre as mensagens de teor golpista. “Quero pedir desculpas ao Exército brasileiro, ao povo brasileiro. O Exército Brasileiro é disciplinado, legalista e, nessa fala, eu fui muito infeliz. Foi uma opinião minha no calor da emoção. Não posso, na condição de coronel, dizer o que pensa o Alto Comando. Eu me equivoquei”, afirmou.

Ele também negou ter tratado com Mauro Cid sobre busca de embasamento jurídico para um possível golpe, sobre a construção da “minuta do golpe” ou de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) ou qualquer ação semelhante.

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