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Eleições: Senado tem a maior renovação da sua história

No total, das 54 vagas em disputa neste ano, 46 serão ocupadas por novos candidatos eleitos

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

De cada quatro senadores que tentaram a reeleição em 2018, três não conseguiram. Essa estatística marca a eleição mais surpreendente da história recente do Senado Federal. Desde a redemocratização do país, não houve um pleito responsável por trazer tantas caras novas para o tapete azul da Casa. No total, das 54 vagas em disputa neste ano, 46 serão ocupadas por novos nomes – renovação de mais de 85%.

Além das trocas de senadores decorrentes das eleições parlamentares, as disputas pelos governos estaduais também movimentam as cadeiras, devido à participação de senadores na metade do mandato. Duas trocas já estão garantidas e outras duas ainda podem ser acontecer no segundo turno. Ao todo, o Senado pode ter 50 novos nomes em 2019, o que representaria uma mudança inédita de mais de 61% da Casa.

A eleição de 2018 colocou em disputa dois terços das vagas do Senado, ou duas das três de cada estado. Nela foi registrado o maior número de candidaturas à reeleição que já se viu: foram 32, ou quase 60% dos senadores cujo mandato chega ao fim no próximo mês de fevereiro. Apenas quatro estados não lançaram nenhum senador à reeleição, e nove lançaram os dois.

O sucesso veio para poucos, pois apenas um quarto conseguiu. É a menor taxa de reeleição anotada nas cinco eleições pós-redemocratização que colocaram em disputa dois terços das vagas do Senado. Dos nove estados com dois senadores na disputa, nenhum viu ambos retornarem. Em cinco casos, nenhum dos dois senadores conseguiu se reeleger.

Além dos 22 senadores que preferiram não buscar a reeleição e dos 24 que não a conseguiram, a renovação do Senado se completa com dois parlamentares que estão na metade do mandato e conquistaram a eleição para os governos dos seus estados já no primeiro turno — casos de Gladson Cameli (PP-AC) e Ronaldo Caiado (DEM-GO). Eles deixarão a vaga para seus suplentes.

Com isso, já estão confirmadas 48 trocas de guarda no Plenário a partir de 2019. O número é menor apenas na comparação com o ano de 1994, quando a renovação foi turbinada pela grande quantidade de senadores que preferiu não concorrer à reeleição – apenas 20 de 54 o fizeram. O caso de 2018, portanto, é mais significativo porque a alta rotatividade foi atingida mesmo com muitos senadores vigentes na disputa eleitoral.

O número ainda pode crescer para 50. Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Fátima Bezerra (PT-RN), também no curso do mandato, seguiram para o segundo turno nos seus estados e ainda podem deixar o Senado em caso de vitória.

A bancada feminina no Senado deverá diminuir a partir de 2019. Atualmente são 13 senadoras, mas apenas quatro ainda terão mandato a partir do ano que vem. Sete candidatas foram eleitas, levando o total de representantes das mulheres a dez. Caso Fátima Bezerra não se eleja governadora do Rio Grande do Norte, ela permanecerá como a 11ª.

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