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Ciro elogia “Ele Não”, mas diz que movimento acirrou polarização

Presidenciável do PDT afirmou que conta com a militância da redes sociais para chegar ao segundo turno

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Ciro Gomes dá entrevista ao Metrópoles, sob painel com logo do portal. Ele usa terno e aparece de lado - Metrópoles
1 de 1 Ciro Gomes dá entrevista ao Metrópoles, sob painel com logo do portal. Ele usa terno e aparece de lado - Metrópoles - Foto: Vinícius Santa Rosa/Especial para o Metrópoles

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou no começo da tarde desta quarta-feira (3/10) que os atos de mulheres contra Jair Bolsonaro (PSL) foram “lindos, mas tiveram um problema de marketing”. “O “Ele não” acirrou a polarização”, afirmou. “Nós erramos no marketing. Eu digo nós, não as mulheres Estamos dando a ele o centro da referência do debate. Não tem “Ele não” na urna.”

Ciro também disse contar com a militância da internet que, segundo ele, pode levá-lo ao segundo turno. “É hora de inflamar a militância”, comentou, antes de ato com a juventude pedetista.

Em sua fala à militância, Ciro criticou ainda o PT, que, segundo ele, coloca o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como “o maior estadista do país”. “Pensa ele ser maior que o Getúlio Vargas? Que tudo que o Juscelino (Kubitschek) fez? O Lula é importante, mas não é maior que eles”, disse Ciro.

O candidato afirmou ainda que aceitaria o apoio de outros rivais na disputa para tentar chegar ao segundo turno, como Marina Silva, da Rede, e Geraldo Alckmin, do PSDB. O pedetista ressaltou, no entanto, que seria uma “indelicadeza” partir dele este movimento. “Eu não gosto de oportunismo. Eu estou na política porque gosto da inteligência do povo”, disse Ciro em São Paulo. “Não posso cometer a indelicadeza de pedir a meus adversários que abram mão de suas candidaturas.”

O pedetista disse também que pode incorporar pautas de Marina e de Alckmin em sua campanha. “A Marina é uma pessoa que trabalhou para o Brasil a vida inteira. Do Alckmin, posso adotar algumas coisas. O IVA (Imposto sobre Valor Agregado), por exemplo, é uma proposta minha . Se eu for procurado aceito o apoio deles.”

Ciro voltou a criticar a polarização entre os candidatos do PT, Fernando Haddad, e do PSL, Jair Bolsonaro. Em sua avaliação, “o país está sendo destruído pela política” e é preciso que a campanha retorne a uma discussão programática. “O PT criou o Bolsonaro e o Bolsonaro criou o PT”, disse Ciro. “O meu pedido é a todos os indecisos, que tendo uma preferência admitam mudar de voto.”

O candidato do PDT voltou a falar sobre a marcha de sábado (29/9) contra Bolsonaro em diversas capitais do país, que, em sua avaliação, teve um erro de posicionamento que permitiu a ascensão de Bolsonaro nas pesquisas de opinião.

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