Eduardo Cury (PSDB-SP) será o relator da reforma da Previdência
Nome do tucano é defendido pelo secretário especial da Previdência, Rogério Marinho. Presidente da Câmara era contra
atualizado
Compartilhar notícia
O deputado Eduardo Cury (PSDB-SP) será o relator da reforma da Previdência na comissão especial a ser formada logo após vencida a fase de análise da constitucionalidade da proposta que muda as regras gerais da aposentadoria dos brasileiros, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados.
O nome de Cury foi antecipado pelo Metrópoles, que divulgou o desejo do secretário especial da Previdência Social, Rogério Marinho (PSDB), de emplacar um tucano na relatoria. O movimento, contudo, desagradava ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que buscava maior influência no processo e queria um aliado como relator. Marinho, por fim, venceu a queda de braço com Maia.
O início do trâmite da matéria na Casa estava condicionado à apresentação, pelo Executivo, do projeto que reformula as regras da Previdência para os militares. O texto foi entregue nesta quarta-feira (20/3), pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Assim, a revisão das regras de aposentadorias dos brasileiros civis começa a andar na Casa.
Inicialmente, havia resistência de Rodrigo Maia em indicar o tucano para a função. No entanto, a ressalva foi vencida nos últimos dias, de acordo com o presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR).
Perfil
Cury foi secretário de Governo e de Transportes durante o mandato de Emanuel Fernandes como prefeito de São José dos Campos (SP) entre 1997 e 2004. Depois, elegeu-se prefeito do município, um dos mais ricos do interior de São Paulo, derrotando Carlinhos Almeida, do PT. Comandou São José dos Campos por dois mandatos consecutivos.
Elegeu-se deputado federal em 2014, sendo reeleito em outubro passado. Na Câmara, Cury foi um dos autores da lei de refinanciamento dos micro e pequenos empreendedores. Semana passada, recebeu a indicação de seu partido para integrar a CCJ como titular.
Embora a questão da relatoria da comissão especial seja dada como definida, ainda resta saber quem será o relator na CCJ, cuja análise precede a chegada do texto na comissão especial. Francischini pretende anunciar, até a tarde desta quinta-feira (21/3), o nome do relator no colegiado presidido por ele.
Segundo Francischini, sua preferência é por um parlamentar mais experiente, que não seja deputado de primeiro mandato. O presidente da CCJ, contudo, ainda iria conversar com parlamentares no fim desta quarta e no início da quinta-feira para bater o martelo. A intenção é aprovar a matéria na CCJ até o dia 3 de abril.
Um dos nomes com quem Francischini ainda conversaria nesta quarta é o do Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), cotado para ser líder da Maioria na Câmara.