Eduardo Cunha volta à Câmara para posse da filha 7 anos após cassação
Filha de Eduardo Cunha, Danielle, foi eleita deputada federal pelo RJ e o ex-presidente da Câmara participa de sua posse nesta quarta (1º/2)
atualizado
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Sete anos após sua cassação, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha retornou à Casa para a posse de sua filha mais velha, Danielle Cunha (União), como deputada federal pelo Rio de Janeiro. A solenidade ocorre nesta quarta-feira (1º/2).
Nesse dia 1 de fevereiro, a minha filha @danicunhario toma posse como deputada federal na 57 legislatura. Que Deus possa lhe dar a sabedoria para bem representar os 75.810 eleitores do Rio de Janeiro,que lhe confiaram o voto. Parabéns filha, tenho certeza que honrara cada voto.
— Eduardo Cunha (@DepEduardoCunha) February 1, 2023
Danielle, 35 anos, é a filha mais velha do político e obteve 75,8 mil votos no Rio. Ela é autora do livro “Tchau, Querida” que conta os bastidores do impeachment de Dilma Rousseff pela ótica do então presidente da Câmara. Defensora da pauta de costumes, sendo contrária ao aborto, por exemplo.
Já do ponto de vista econômico, se posiciona a favor do mercado, por reformas liberais na economia.
Acompanhe a cerimônia pelo Metrópoles.
Que dia especial, ao lado de pessoas especiais. Acabo de tomar posse como deputada federal pelo nosso Rio de Janeiro!
Só tenho a agradecer a confiança de todos que acreditaram na nossa jornada!
Nosso trabalho está apenas começando! pic.twitter.com/nTHevTQ1u7
— Dani Cunha (@danicunhario) February 1, 2023
Afastamento
Eduardo Cunha foi cassado por quebra de decoro parlamentar. Foram 450 votos favoráveis e 10 contrários à cassação de seu mandato. Foi um longo processo, instaurado no dia 3 de novembro de 2015 e foi finalizado no dia 12 de setembro de 2016.
Por desentendimento internos e falta de boa interlocução com o Palácio do Planalto à época, Cunha ficou conhecido por ter se tornado um algoz da então presidente da República, Dilma Rousseff (PT). Em 2015, ele abriu o processo de impeachment contra ela que resultou na queda da petista em 2016.
Afastado da vida política, ficou preso em regime fechado por quatro anos, de 2016 a 2020, depois passou a cumprir prisão domiciliar, revogada em 2021 pelo desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1a Região (TRF-1).
Com os direitos políticos retomados desde então, se lançou candidato novamente, dessa vez por São Paulo, para não concorrer contra a sua filha no Rio. Eduardo Cunha deixou o MDB em 2022, após 19 anos na legenda, se filiou ao PTB, mas teve apenas 5 mil votos paulistas e não se elegeu à uma vaga na Câmara Federal.