Eduardo Cunha vira um fenômeno das redes sociais

Apesar da série de denúncias que surgem envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o nome dele aparece em alta nas redes sociais, segundo levantamento feito pelo Metrópoles. Investigado na Operação Lava Jato, Cunha ganhou 7.532 “curtidas” no Facebook desde que saiu a notícia de que a Suíça enviou para o Brasil detalhes sobre contas bancárias atribuídas a ele.

Grande parte desse grupo (87%) passou a acompanhar o deputado na rede social após a divulgação de que ele guardava pelo menos 2,4 milhões de francos suíços na Europa, no dia 9 de outubro. Cunha fechou a segunda-feira (19/10) com 165.299 pessoas “curtindo” a página dele.

No Twitter, também cresceu o interesse pelo deputado. Entre 30 de setembro — data em que a Procuradoria-Geral da República confirmou ter recebido as informações suíças — e esta segunda, Cunha angariou 3.518 “seguidores”, atingindo a marca de 144.356 pessoas cadastradas para ler o que ele compartilha na internet.

Esposa
Quem pesquisa pelo presidente da Câmara no Google também passou a procurar pela mulher dele, Cláudia Cruz. Em um mês, a busca pelo nome dela cresceu 500%, segundo o gigante da internet. Assim como o marido, Cláudia é suspeita de manter conta na Suíça, com dinheiro supostamente de propina paga por empresas em troca de contratos milionários com a Petrobras.

Para a professora de pós-graduação em Marketing Digital do Iesb Andrea Lopes, o fato de “curtir” um tema na internet não significa necessariamente aprovação a ele. “Quando o usuário vê várias pessoas falando de um assunto, ele vai querer saber o que está acontecendo e vai atrás disso”, afirmou. “O internauta que não necessariamente lê jornal acaba se informando por meio das redes sociais.”