Eduardo Cunha diz que trabalha para ser deputado por São Paulo em 2022
Quando cassado, em 2016, político ficou inelegível e está proibido de disputar eleições até 2026. Ele trabalha para se livrar de processos
atualizado
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O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ) disse que tem desejo de concorrer como deputado por São Paulo nas eleições de 2022.
Quando cassado, em 2016 (leia mais abaixo), Cunha ficou inelegível por oito anos a partir do fim do mandato. Com isso, está proibido de disputar eleições até 2026. Ele conversa com advogados para se livrar dos processos e ficar apto para disputar o pleito do próximo ano.
Em entrevista ao jornal O Globo, publicada neste domingo (5/9), o emedebista afirmou que trabalha para eleger a filha Danielle deputada federal pelo Rio de Janeiro.
Segundo a reportagem, o político retomou agendas em Brasília para conseguir apoio para 2022. Ele afirmou que não tem planos de deixar o MDB.
“Minha filha é candidata no Rio, não disputarei com ela. Então penso em ser candidato por São Paulo. Sou muito bem recebido lá. […] Também não tenho planos de sair do MDB”, declarou.
Em Brasília, Cunha costuma se reunir com advogados, amigos e parlamentares, incluindo aqueles que votaram pela sua cassação. “Não faço política olhando no retrovisor”, disse.
Cassação e prisão
Em 12 de setembro de 2916, a Câmara dos Deputados decidiu, por 450 votos a favor, 10 contra e 9 abstenções, cassar o mandato do ex-presidente da Casa.
A cassação foi motivada por quebra do decoro parlamentar. O deputado foi acusado de mentir à CPI da Petrobras ao negar, durante depoimento em março de 2015, ser titular de contas no exterior.
Em outubro do mesmo ano, o emedebista foi preso por determinação do ex-juiz Sergio Moro.
Em abril deste ano, a 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) revogou, por unanimidade, a prisão do ex-deputado. O habeas corpus do TRF-4 determinou a retirada da tornozeleira eletrônica. A corte manteve apenas a proibição de sair do país.
Apesar da decisão do TRF-4, Cunha seguiu em prisão domiciliar por conta de outra preventiva, da Operação Sepsis, julgada pelo TRF-1, de . No mês seguinte, no entanto, a Corte da 1ª região revogou a prisão do político, que passou a responder em liberdade.