Eduardo Cunha comenta a decisão do STF de mudar o rito do impeachment
O presidente da Câmara argumenta que a posição do Supremo deixa em aberto vários aspectos do funcionamento do parlamento
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira, 17, que Rodrigo Janot está atuando mais como advogado do Palácio do Planalto do que como procurador-geral da República. Para o peemedebista, os 11 pontos colocados por Janot para pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) seu afastamento do cargo de deputado federal – e, consequentemente, da presidência da Casa – são “absolutamente ridículos”.
Nesta quarta-feira, 16, Janot solicitou ao STF o afastamento de Cunha, listando uma série de eventos que, de acordo com o procurador, indicam suposta prática de “vários crimes de natureza grave” com uso do cargo a favor do deputado, integração de organização criminosa e tentativa de obstrução das investigações criminais. Segundo a Procuradoria, as ações de Cunha para interferir na investigação e no processo de apuração interna no Conselho de Ética da Casa, onde é alvo de processo por quebra de decoro parlamentar, são “evidentes e incontestáveis”.
“O procurador-geral da República está funcionando mais como advogado do Planalto do que como procurador-geral da República”, afirmou Cunha em entrevista coletiva. O peemedebista voltou a afirmar que Janot tentou desviar o foco da mídia do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Os 11 pontos colocados por ele para pedir meu afastamento são absolutamente ridículos”, disparou.