Eduardo Braga diz que retornará ao Senado e manterá coerência política
Carta de demissão do ministro deve ser entregue à presidente Dilma Rousseff na tarde desta quarta-feira (20/4)
atualizado
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Diante dos avanços do processo de impeachment no Congresso, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM), entregará sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff na tarde de desta quarta-feira (20/4). Em conversa com o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o ministro, que ocupa o cargo desde janeiro de 2015, afirmou que tomou a decisão por iniciativa própria, mas se disse consciente das mudanças pelas quais passa a política brasileira.
“Acho que cumpri minha etapa aqui. Foi uma iniciativa minha. Ela (presidente Dilma) insistiu bastante pela permanência. Acho que fizemos vários avanços, resolvemos muitos dos problemas”, afirmou.Questionado se a decisão tinha relação com o avanço do processo de impeachment no Congresso, Braga respondeu: “Claro. Não vivo no mundo da lua, vivo no Brasil. Acho que o cenário político se deteriorou muito”, afirmou.
Braga também destacou que pode dar andamento aos projetos no setor de Minas e Energia a partir de sua atuação como senador. “Acho que a decisão do meu setor passa pelo cenário político. Manterei a minha coerência política, mas acho que é hora de retornar ao Senado”, disse.
Na votação do processo realizada no último domingo na Câmara, a bancada do Amazonas, reduto eleitoral do ministro, votou 100% pelo afastamento de Dilma. Segundo Braga, a carta com pedido de demissão deverá ser distribuída à imprensa ao longo do dia.
Além dele, o ministro de Portos, Helder Barbalho, também entregará na tarde desta quarta-feira o pedido de exoneração do cargo à presidente Dilma Rousseff. Tanto Barbalho quanto Braga são indicações da bancada do PMDB do Senado, que em sua maioria deve apoiar o processo de impeachment da presidente.