Eduardo Bolsonaro: “São bombas nucleares que garantem a paz”
Filho do presidente Jair Bolsonaro fez a afirmação em evento na Câmara com alunos da Escola Superior de Guerra
atualizado
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu, em evento da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, a posse de armas nucleares pelo Brasil e disse que o “politicamente correto” o impede de falar abertamente sobre o que pensa da hipótese de uma guerra com a Venezuela. As informações são do portal Extra.
Na reunião desta terça-feira (14/05/2019) estavam presentes alunos da Escola Superior de Guerra, entidade em que se formam militares do Exército, Marinha e Aeronáutica.
“São bombas nucleares que garantem a paz. Se nós tivéssemos os submarinos nucleares já finalizados que tem uma economia muito maior, dentro d’água; se nós tivéssemos um efetivo maior, talvez fôssemos levados mais a sério pelo [Nicolás] Maduro ou temidos pela China ou pela Rússia”, afirmou o filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).
Eduardo lembrou que o assunto não é tema de debate no Congresso: “Esse assunto não é pauta nesse momento. Eu [nem] sequer vejo debate nesse sentido. A gente sabe que, se o Brasil quiser atropelar essa convenção, tem uma série de sanções. É um tema muito complicado, mas acredito que possa voltar ao debate aqui”, ressaltou.
Em referência ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, assinado por 189 países, o deputado disse que o Paquistão e a Índia, que não assinaram o acordo, têm uma boa relação.
“Paquistão e Índia, como é a relação dos dois? Se só um tivesse bomba nuclear, a relação não seria a mesma. Sou entusiasta dessa visão. Vão dizer que eu sou agressivo ou que quero tocar fogo no mundo, mas enfim. De fato”, completou.
“Por que o mundo inteiro respeita os Estados Unidos? Explodiram o World Trade Center, e o que eles fizeram? Passaram por cima de tudo quanto é veto e invadiram o Iraque”, disse o deputado.
Venezuela
Dirigindo-se aos militares presentes no evento, Eduardo ressaltou que, em um eventual conflito com a Venezuela, eles teriam um papel importante, e que as pessoas só dão valor às Forças Armadas “quando precisam”, já que há uma “crença generalizada de que o Brasil é um país pacifista, que não entra em guerra”.
O deputado federal ainda se referiu ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, como um “maluco associado a terroristas”.
“Estamos tendo um problema com a Venezuela, e o politicamente correto me impede de falar algumas coisas. Então, tenho que falar que está tudo muito bem, que nós nunca entraremos em guerra e podem ficar tranquilos. É claro, é uma ironia o que eu estou falando”, disse o “número 3”.
“Do lado de lá da fronteira, tem um maluco associado a terroristas e ao narcotráfico. A gente sabe que, a qualquer momento, se isso daí evoluir para um quadro pior, que é o que ninguém deseja, quem vai entrar em ação são principalmente os senhores”, finalizou o deputado.