Eduardo Bolsonaro quer punição para líder da oposição que comentou dossiê
Para filho do presidente, informações passadas pelo ministro André Mendonça a parlamentares são sigilosas
atualizado
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O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), quer que o líder da oposição na Câmara, José Guimarães (PT-CE), seja punido. O motivo é pelo petista ter divulgado o conteúdo da audiência fechada na qual o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, prestou informações sobre o dossiê produzido em sua pasta com informações a respeito de grupos de policiais e professores do movimento antifascista.
Para Eduardo, a conduta do deputado é “ilegal” e que, após essa divulgação, ele deveria ser retirado da Comissão de Controle de Atividade de Inteligência, que ouviu o ministro na sexta-feira (7/8).
“É inacreditável que o deputado José Guimarães (PT-CE) dê entrevistas sobre a sessão. Essa conduta é ilegal e estou estudando medidas punitivas para ao menor retirar o deputado da comissão”, defendeu o deputado.
As reuniões da CCAI (Comissão de Controle de Atividades de Inteligência) são SIGILOSAS.
É inacreditável que o deputado José Guimarães (PT-CE) dê entrevistas sobre a sessão. Essa conduta é ilegal e estou estudando medidas punitivas para ao menor retirar o deputado da comissão. pic.twitter.com/BQeUE4CApK
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) August 8, 2020
Na audiência, de acordo com Guimarães e outros parlamentares que estavam presentes de forma virtual, Mendonça admitiu a existência do relatório, não concordando, no entanto, com o termo “dossiê”. Ele disse que não há espionagem e não há investigação alguma conduzida pela Secretaria de Operações Integradas (Seopi), órgão vinculado à pasta apontado como responsável por monitorar opositores.
Da reunião, realizada remotamente, participaram os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Eduardo Braga (MDB-AM) e Marcos do Val (Pode-ES) e os deputados Claudio Cajado (PP-BA), Carlos Zarattini (PT-SP), José Guimarães (PT-CE), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). A audiência durou três horas e meia.