Eduardo Bolsonaro posta vídeo de Doria e o chama de “canalha”
O deputado, filho do presidente, exibiu uma coletiva na qual o governador diz que o médico David Uip sugeriu uso da hidroxicloroquina
atualizado
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) usou suas redes sociais para chamar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), de “canalha”. Na postagem, o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) exibe um vídeo da entrevista coletiva concedida pelo governador, na qual Doria fala sobre a posição do governo de São Paulo em relação ao uso da hidroxicloroquina no tratamento de pessoas infectadas com o novo coronavírus.
CANALHA! MIL VEZES CANALHA! O SENHOR NÃO TEM O MÍNIMO SENSO DE ESCRÚPULO! NÃO TEM VERGONHA NA CARA, GOVERNADOR @jdoriajr ?!?! https://t.co/mnXQ3pwni1
— Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) April 8, 2020
Doria, durante a coletiva, disse que foi o médico David Uip, chefe do Centro de Contingência ao Coronavírus em São Paulo, que sugeriu ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para distribuir a cloroquina na rede pública do país.
Mais cedo, em entrevista coletiva, o próprio Uip ainda lembrou que, durante reunião com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi ele quem recomendou ao governo que autorizasse o uso da hidroxicloroquina para pacientes internados com Covid-19, sob receita médica e autorização formal do infectado.
A recomendação foi acatada pelo ministério, que mudou o protocolo para o uso da substância. O infectologista informou que o uso do medicamento é permitido a todos os hospitais, público e privado.
Uip também pediu ao presidente que respeite seu direito enquanto paciente de não revelar o que usou durante seu tratamento, afirmando que respeitou Bolsonaro quando ele preferiu não mostrar os resultados de seus exames para Covid-19.
Na manhã desta quarta-feira, Bolsonaro postou em seu Twitter que “dois renomados médicos” recuperados da doença se recusaram a divulgar se usaram a hidroxicloroquina durante o tratamento, referindo-se a David Uip e ao cardiologista Roberto Kalil, do Hospital Sírio-Libanês, que pouco depois disse que consumiu a droga.