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Eduardo Bolsonaro nega que o clã trabalhe na criação de novo partido

A notícia de que a família se preparava para mudar de sigla surgiu, principalmente, após denúncias de candidaturas laranja

atualizado

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Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil
Dudu Bolsonaro
1 de 1 Dudu Bolsonaro - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agencia Brasil

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) negou nesta segunda-feira (18/2) que a família esteja disposta a migrar de partido. A possibilidade ganhou força após a sigla ficar sob suspeita devido a possíveis desvios de verba pública por meio de candidaturas laranja nas eleições de 2018.

Pelo Twitter, o filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) desmentiu a articulação. “Informações de sites e outros estão me incluindo numa possibilidade de formação de novo partido. Informo a todos que não estou participando na formação ou resgate de qualquer partido”, escreveu.

A notícia começou a circular no último domingo (17/2). O partido, visado pelo clã Bolsonaro, seria uma reedição da antiga União Democrática Nacional (UDN), que estaria em fase final de criação.

A legenda já tem diretórios em pelo menos nove unidades da Federação, inclusive na capital federal, e CNPJ. Para a criação do partido, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) exige ao menos 497 mil assinaturas. Segundo integrantes da UDN, apoiadores já angariaram 380 mil assinaturas.

“Laranjas”
O desvio de dinheiro público teria ocorrido em pelo menos dois casos. O grupo do presidente do PSL, Luciano Bivar, teria criado uma candidata laranja em Pernambuco para repassar verbas de campanha a outras candidaturas.

Maria de Lourdes Paixão, de 68 anos, recebeu R$ 400 mil do fundo partidário. Apesar de ser a terceira candidata que mais recebeu apoio financeiro, ela angariou apenas 274 votos e não se elegeu. O dinheiro, segundo o jornal Folha de S.Paulo, foi enviado pela direção nacional da sigla quatro dias antes da eleição.

Em Minas Gerais, o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, teria desviado R$ 279 mil para quatro candidaturas que conseguiram poucos votos: Lilian Bernardino, Mila Fernandes, Débora Gomes e Naftali Tamar. Desse valor, R$ 85 mil foram pagos a empresas de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro de Bolsonaro.

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