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Eduardo Bolsonaro diz que “feminismo cresce por causa de homem frouxo”

Deputado federal rebateu críticas recebidas após ter compartilhado vídeo que associa mulheres a acidente no Metrô de SP

atualizado

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Paulo Sergio/Agência Câmara
Eduardo Bolsonaro
1 de 1 Eduardo Bolsonaro - Foto: Paulo Sergio/Agência Câmara

Acusado de misoginia por ter compartilhado um vídeo que associa a contratação de mulheres ao acidente que causou a abertura de uma cratera na obra da Linha 6 do Metrô de São Paulo, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) alegou, na tarde deste sábado (5/2), que “o preconceito está na cabeça de quem acha que pedreiro desrespeita mulher ou tem preconceito”.

“Igualdade de condições + meritocracia, foi isso que disse. Sexo, raça etc não pode ser critério seletivo”, escreveu o filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (PL), no Twitter, junto ao relato de uma engenheira que nega ter sofrido preconceito ou desrespeito por ser mulher.

No Instagram, o deputado acrescentou um depoimento de seis minutos, no qual descreve a “ditadura do politicamente correto” e um “desmerecimento com os homens”. “O feminismo só vai adiante quando homens de geleia não se posicionam. Eu não sou menos competente porque sou homem. Se o feminismo cresce é por causa de homem frouxo”, afirmou o deputado.

Confira o vídeo:

O vídeo considerado misógino foi compartilhado por Eduardo Bolsonaro na sexta-feira (4/1). A gravação mostra imagens do local do desabamento na Marginal Tietê, além de entrevistas com profissionais mulheres da empresa Acciona, responsável pela construção da linha laranja do metrô.

“’Procuro sempre contratar mulheres’, mas por qual motivo? Homem é pior engenheiro? Quando a meritocracia dá espaço para uma ideologia sem comprovação científica o resultado não costuma ser o melhor”, escreveu o político na legenda do post.

Conservadora, a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL) criticou a ação de Eduardo. “Deputado, o senhor é pai de menina. Está sendo injusto com as moças. Vamos aguardar apurar responsabilidades. Quer criticar o Doria? É da política e da democracia, mas essa postagem é desnecessária. Lembra quando sua esposa foi desrespeitada e exposta no trabalho? Melhor apagar”, recomendou.

O vídeo, contudo, segue nas redes sociais do parlamentar.

Em nota, a Acciona repudiou a “videomontagem que circula nas redes sociais sobre suas funcionárias”. A empresa afirmou que o conteúdo publicado é “misógino e desrespeitoso” com as funcionárias.

A empresa afirmou ainda que estuda medidas judiciais cabíveis ao caso. “A Acciona tem programas especiais de estímulo à contratação de mulheres, inclusive na área de construção, e se orgulha dos seus profissionais”, informou em comunicado.

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