metropoles.com

Eduardo Bolsonaro defende juíza que impediu aborto: “Está certa”

Joana Ribeiro induziu a criança de 11 anos, vítima de estupro, a desistir do procedimento. Para o deputado, a magistrada agiu corretamente

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Igo Estrela/Metrópoles
****Foto-eduardo-bolsonaro (1)
1 de 1 ****Foto-eduardo-bolsonaro (1) - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defendeu, nesta quarta-feira (22/6), a juíza Joana Ribeiro Zimmer, que induziu uma criança de 11 anos vítima de estupro a desistir de abortar.

Na avaliação do filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), a magistrada agiu corretamente. “A juíza de Santa Catarina está certa. E vale lembrar quem primeiro impediu o aborto foi a equipe médica. Respeitem a ciência”, publicou o parlamentar, compartilhando um vídeo de uma influenciadora chamada Eduarda Campopiano.

“Além disso, o bebê poderia ser entregue para adoção, algo muito mais civilizado do que condená-lo a (sic) pena de morte sem ter culpa de nada”, prosseguiu Eduardo na publicação feita em seu Instagram.

Veja:

Entenda o caso

Na segunda-feira (20/6), em decisão de Joana Ribeiro Zimmer, a Justiça de Santa Catarina decidiu manter em um abrigo uma criança de 11 anos grávida após ser vítima de estupro, para evitar que a menina realize aborto legal.

Em despacho, a titular da Comarca de Tijucas, afirma que a decisão, inicialmente, teria sido motivada para garantir a proteção da criança em relação ao agressor, mas que havia ainda outra razão: “Salvar a vida do bebê”.

“O fato é que, doravante, o risco é que a mãe efetue algum procedimento para operar a morte do bebê”, diz trecho da sentença.

A decisão logo provocou forte repercussão negativa, e, diante da pressão popular, a juíza deixou o caso. Ela foi transferida para a Comarca de Brusque, no Vale do Itajaí. Em sua defesa, a magistrada negou relação com o episódio e afirmou se tratar de uma promoção.

A menina descobriu a gestação com 22 semanas, aos 10 anos. A vítima e a mãe foram ao Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, ligado à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para fazer o aborto, mas a equipe se recusou a realizar o procedimento, pois, pelas normas da instituição, a intervenção é permitida apenas até a 20ª semana de gestação – embora não exista esse limite na lei.

Com isso, a família buscou autorização judicial. O Ministério Público catarinense, então, pediu que a menina ficasse no abrigo “até verificar-se que não se encontra mais em situação de risco [de violência sexual] e possa retornar para a família natural”.

O documento reconhece que a gravidez é de alto risco em razão da idade da criança, que não possui estrutura biológica para levar uma gestação.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?