Economista de Bolsonaro descarta ser “superministro”
Paulo Guedes defendeu a venda de empresas estatais, inclusive a Petrobras, para reduzir o déficit público
atualizado
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O economista Paulo Guedes, um dos principais nomes da equipe do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), descartou a possibilidade de ser um superministro em um eventual governo do candidato. Em entrevista ao programa Central das Eleições, da GloboNews, na quinta-feira (23/8), o economista disse ainda que não há salvador da pátria.
“Não existe posto Ipiranga, salvador da pátria. Isso é uma construção coletiva”, disse Guedes, em referência à maneira como Bolsonaro o chama publicamente, já que o consulta quando o assunto é economia.
Paulo Guedes é ex-sócio do Pactual (atual BTG) e do Ibmec. Atualmente é sócio da Bozano Investimentos. Ele é o responsável por formular o programa econômico do candidato do PSL.
Na entrevista, Guedes também descartou a ideia de ser um superministro. “O economista vai propor coisas duras, o presidente vai dar uma amaciada e depois, quando ele for negociar com o Congresso, vão dar outra amaciada”, disse.
Segundo ele, o resultado final seria um projeto diferente do que o economista propôs e do que o Congresso queria. “Como sempre aconteceu. É a história do Brasil.”
No programa, Guedes comentou ainda sobre projetos para educação, agricultura, previdência e apresentou ideias para reduzir o déficit público. Ele defendeu também a venda de empresas estatais. “A União tem que vender ativo. A Petrobras vende refinaria. E o governo pode vender a Petrobras, por que não?”, questionou.