“Economia brasileira iniciou trajetória de recuperação”, diz Bolsonaro
Em reunião com líderes da América do Sul, presidente disse que o governo federal trabalha para estender o auxílio emergencial
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que, em razão das medidas adotadas pelo governo federal, a economia brasileira iniciou trajetória de recuperação. O chefe do Executivo também defendeu a privatização de empresas estatais e a aprovação da nova lei de falências e das reformas administrativa e tributária.
O mandatário participou, na manhã desta terça-feira (16/3), de reunião do Fórum para o Progresso e Desenvolvimento da América do Sul (Prosul).
“Em razão das medidas tomadas por nosso governo, a economia brasileira iniciou sua trajetória de recuperação já no quarto trimestre do ano passado, com crescimento de 3,2% em relação ao trimestre anterior”, pontuou Bolsonaro em discurso a chefes de Estado de países vizinhos.
“Estamos firmemente determinados a aprovar iniciativas que irão permitir crescimento sustentado da nossa economia nos próximos anos, como a reforma administrativa, a reforma tributária, a nova lei de falências e a privatização de empresas estatais”, prosseguiu o presidente brasileiro.
Segundo Bolsonaro, ainda é necessário melhorar o ambiente de negócios no Brasil e ampliar os investimentos. Ele ressaltou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) classificou positivamente a resposta brasileira à pandemia de Covid-19.
“O FMI qualificou a resposta do governo brasileiro à pandemia como ‘rápida e substantiva’ e deixou clara a importância do comprometimento das autoridades, mesmo nas atuais circunstâncias, com o teto de gastos e o equilíbrio fiscal. Temos mantido esse compromisso. Em 2020, o PIB apresentou recuo de 4,1%, o que corresponde a menos da metade da queda projetada por especialistas no início da pandemia”, frisou.
Sem fazer menção às vítimas da Covid-19 nem à campanha de vacinação no Brasil, o chefe do Executivo afirmou que a pandemia teve impacto sobre os níveis de emprego e renda e se solidarizou com as famílias impactadas economicamente pela crise.
“A pandemia suspendeu as atividades da cadeia produtiva dos nossos países e teve impactos severos sobre os níveis de emprego e renda em todo o mundo. Por trás das estatísticas, nos solidarizamos com os milhões de famílias que sem o amparo dos governos nacionais perderiam seus meios de subsistência, sua segurança alimentar e sua dignidade como seres humanos.”
Bolsonaro também frisou que as ações de enfrentamento à doença pandêmica tiveram “enorme impacto fiscal”. “Assim como ocorreu em quase todo o mundo, as medidas de combate à Covid tiveram enorme impacto fiscal no Brasil, equivalente a cerca de 8,6% do nosso PIB.”
Auxílio emergencial
O presidente também mencionou o auxílio emergencial concedido pelo governo federal em 2020 e citou estudos para extensão do benefício por mais alguns meses em 2021.
“Nosso governo criou um dos maiores programas sociais do mundo, prestando auxílio emergencial a mais de 67 milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade, aqueles que não têm emprego ou trabalham no setor informal. Os pagamentos totalizaram mais de US$ 50 bilhões”, pontuou.
Na segunda-feira (15/3), o Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional nº 109, de 2021, que impõe medidas de contenções aos gastos públicos e abre espaço fiscal para o pagamento do novo auxílio emergencial. O presidente ainda precisa editar uma medida provisória, com as definições de valores e abrangência, para liberar o benefício.
“Neste momento, trabalhamos para estender o auxílio emergencial do governo federal por mais alguns meses, até que consigamos superar a situação lamentável que temos ainda hoje.”
Reunião Prosul
O mandatário participou nesta terça-feira da VI Reunião Extraordinária de Presidentes do Prosul. O grupo é atualmente presidido por Iván Duque, presidente da Colômbia.
Bolsonaro estava acompanhado dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Economia, Paulo Guedes.
Outros chefes de Estado presentes foram os presidentes do Equador, Lenín Moreno; do Paraguai, Mario Abdo Benítez; do Chile, Sebastián Piñera; e do Suriname, Chan Santokhi; e o primeiro-ministro da Guiana, Mark Phillips. Também compareceu o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Mauricio Claver-Carone.