EBC contrata exibição de 8 filmes sobre a ditadura militar no Brasil
Durante a ditadura, 434 pessoas morreram ou desapareceram. O regime, que durou 21 anos, completa 59 anos na próxima sexta-feira (31/3)
atualizado
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O presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Hélio Doyle, contratou a exibição em de oito filmes sobre a ditadura militar de 1964. O regime que durou 21 anos completa 59 anos na próxima sexta-feira (31/3). Segundo o relatório final da Comissão Nacional da Verdade, durante a ditadura, 434 pessoas morreram ou desapareceram.
As contratações foram publicadas no Diário Ofical da União (DOU) nesta segunda-feira (27/3) e devem chegar a R$ 102 mil. Veja as obras:
- O dia que durou 21 anos, de Camilo Galli Tavares
- Missão 115, de Silvio Da-Rin
- Que bom te ver viva, de Lúcia Murat
- A flecha e a farda, de Miguel Antunes Ramos
- Torre das donzelas, de Susanna Lira
- Orestes, de Rodrigo Siqueira
- Batismo de sangue, de Helvécio Ratton
- Tempo de resistência, de André Ristum
Em 1964, militares derrubaram o governo João Goulart e, em seguida, iniciou-se um regime ditatorial que durou 21 anos, sendo considerado um dos períodos mais obscuros da história brasileira, com saldo estimado em milhares de pessoas mortos por discordarem do governo.
No ano passado, ainda durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) o ex-mandatário gerou revolta ao dizer que nada havia acontecido no respectivo dia.
“Hoje são 31 de março, o que aconteceu nesse dia? Nada. A história não regista nem um presidente da República tendo perdido seu mandato neste dia”, disse Bolsonaro em uma cerimônia no Palácio do Planalto.
No primeiro ano de governo, em 2019, o ex-líder da nação chegou a pedir uma comemoração na data. A orientação era para que os quartéis comemorassem a “data histórica” e ressaltou a participação das Forças Armadas durante o golpe.