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“É uma guerra, tem sido uma guerra”, diz Michel Temer em entrevista

O presidente interino Michel Temer avaliou o primeiro mês de governo em entrevista ao jornal Folha de São Paulo

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016
1 de 1 Ministros do governo Michel Temer – Brasília – DF 12/05/2016 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O presidente interino Michel Temer avaliou o primeiro mês de governo em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. “É uma guerra, tem sido uma guerra”, disse. Neste domingo (12/6) a gestão temporária completa 30 dias.

Segundo o jornal, Temer enfrenta mais dificuldades do que esperava. Neste período, perdeu dois ministros, recuou em decisões e encontrou situação fiscal pior que imaginava.

A equipe de reportagem entrevistou Temer no gabinete presidencial e notou “sinais de cansaço diante de mais uma noite de poucas horas de sono”. O presidente interino afirmou não se incomodar com as batalhas diárias. “Apesar de todas as turbulências, críticas e pressões, foi um mês de sucesso”, afirmou.

Apesar do desabafo, o peemedebista considera o “saldo positivo”. Listou medidas aprovadas no Congresso que, segundo ele, Dilma não conseguiria passar, como a mudança da meta fiscal, a prorrogação da DRU (mecanismo que desvincula receitas da União) e a aprovação do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn.

“Restabelecemos a interlocução com o Congresso, votamos projetos com ampla maioria e estamos retomando a confiança no país, não é pouca coisa para um começo de governo”, afirmou ao jornal.

Temer recebeu duras críticas por ter montado equipes de ministério exclusivamente masculinas. Sobre isso afirmou: “montei um time de primeira grandeza na área econômica.”

Durante a conversa, o presidente também falou sobre a hipótese de não permanecer no governo, caso Dilma Rousseff possa retornar. Disse que o país estará “salvo” se a equipe econômica for mantida. Temer também comentou a possibilidade de plebiscito para convocar novas eleições, defendida pela petista.

“Primeiro, eu preciso renunciar. Depois, digo com toda tranquilidade, temos tido mais de 300 votos, às vezes mais de 340 na Câmara. Isto reflete confiança neste governo. Nossas vitórias no Congresso mostram que não tem espaço para a Dilma voltar.”

 

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